|
Autor | Mensagem |
---|
Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Sáb Ago 21, 2010 10:09 pm | |
| -Kilo Kuala -Mima-me mais muito mais. | |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Sáb Ago 21, 2010 10:11 pm | |
| - Malandrice mata , mas mal-tratos mata muito mais | |
| | | Fenrir Senpai Fenrir
Mensagens : 13514 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 28 Localização : Reino Ametista
Ficha do personagem Nome: Nome do grupo: Poder:
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Sáb Ago 21, 2010 10:15 pm | |
| - Kiara kubica ! - Lua lentamente ladrou, lambe e lampejara | |
| | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Sáb Ago 21, 2010 10:24 pm | |
| -Podem ir Eles saiem | |
| | | Fenrir Senpai Fenrir
Mensagens : 13514 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 28 Localização : Reino Ametista
Ficha do personagem Nome: Nome do grupo: Poder:
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Sáb Ago 21, 2010 10:24 pm | |
| Eles saiem | |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Sáb Ago 21, 2010 10:25 pm | |
| Eles saiem | |
| | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Ter Ago 31, 2010 1:17 pm | |
| | |
| | | Fenrir Senpai Fenrir
Mensagens : 13514 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 28 Localização : Reino Ametista
Ficha do personagem Nome: Nome do grupo: Poder:
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:31 pm | |
| Ele , Ven e Luna chegam | |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:39 pm | |
| Eles chegam | |
| | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:41 pm | |
| Ele e a Mio Chegam -Aviso as notas vão sair hoje as de manhã, os verdes são os aprovados, os laranja ou amarelo terão novo exame e os vermelhos reprovados. Bem, hoje é a nossa ultima aula quero um trabalho sobre história esquevam o que quiser. | |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:46 pm | |
| - Spoiler:
História (do grego antigo historie, que significa testemunho, no sentido daquele que vê) é a ciência que estuda o Homem e sua ação no tempo e no espaço, concomitante à análise de processos e eventos ocorridos no passado. Por metonímia, o conjunto destes processos e eventos. A palavra história tem sua origem nas «investigações» de Heródoto, cujo termo em grego antigo é Ἱστορίαι (Historíai). Todavia, será Tucídides o primeiro a aplicar métodos críticos, como o cruzamento de dados e fontes diferentes.
O estudo histórico começa quando os homens encontram os elementos de sua existência nas realizações dos seus antepassados. Esse estudo, do ponto de vista europeu, divide-se em dois grandes períodos: Pré-História e História.
Os historiadores usam várias fontes de informação para construir a sucessão de processos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas (História oral) e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais frequentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos (o historiador procura, no presente, respostas sobre o passado, ou seja, é influenciado pelo presente). (veja historiografia e História da História).
Os eventos anteriores aos registos escritos pertencem à Pré-História e às sociedades que co-existem com sociedades que já conhecem a escrita (é o caso, por exemplo, dos povos celtas da cultura de La Tène) pertencem à Proto-História.
As concepções formais da História Em sua evolução, a História se apresentou pelo menos de três formas. Do simples registro à análise científica houve um longo processo. São elas:
História Narrativa ou Episódica - O narrador contenta-se em apresentar os acontecimentos sem preocupações com as causas, os resultados ou a própria veracidade. Também não emprega qualquer processo metodológico. História Pragmática - Expõe os acontecimentos com visível preocupação didática. O historiador quer mudar os costumes políticos, corrigir os contemporâneos e o caminho que utiliza é o de mostrar os erros do passado. Os gregos Heródoto e Tucídides e o romano Cícero ("A Historia é a mestra da vida") representam esta concepção. História Científica - Agora há uma preocupação com a verdade, com o método, com a análise crítica de causas e consequências, tempo e espaço. Esta concepção se define a partir da mentalidade oriunda das ideias filosóficas que nortearam a Revolução Francesa de 1789. Toma corpo com a discussão dialética (de Hegel e Karl Marx) do século XIX e se consolida com as teses de Leopold Von Ranke, criador do Rankeanismo, o qual contesta o chamado "Positivismo Histórico" (que não é relacionado ao positivismo político de Augusto Comte) e posteriormente com o surgimento da Escola dos Annales, no começo do século XX. História dos Annales (Escola dos Annales) - Os historiadores franceses Marc Bloch e Lucien Febvre fundaram em 1929 uma revista de estudos, a "Annales d'histoire économique et sociale",[1][2] onde rompiam decididamente com o culto aos heróis e a atribuição da ação histórica aos chamados homens ilustres, representantes das elites. Para estes estudiosos, o cotidiano, a arte, os afazeres do povo e a psicologia social são elementos fundamentais para a compreensão das transformações empreendidas pela humanidade. [editar] As concepções filosóficas da História Ainda no século XIX surgiu a discussão em torno da natureza dos fenômenos históricos. A que espécie de preponderância estariam ligados? Aos agentes de ordem espiritual ou aos de ordem material? Antes disso, a fundamental teológica fez uma festa na mente cordata do povo.
Concepção Providencialista - Segundo tal corrente, os acontecimentos estão ligados à determinação de Deus. Tudo, a partir da origem da terra, deve ser explicado pela Providência Divina. No passado mais remoto, a religião justificava a guerra e o poder dos governantes. Na Idade Média Ocidental, a Igreja Católica era a única detentora da informação e, naturalmente, fortificou a concepção teológica da História. Santo Agostinho, no livro "A Cidade de Deus", formula essa interpretação. No século XVII, Jacques Bossuet, na obra "Discurso Sobre a História Universal", afirma que toda a História foi escrita pela mão de Deus, E no século passado, o historiador italiano Césare Cantu produziu uma "História Universal" de profundo engajamento providencialista. Concepção Idealista - Teve em Georg Wilhelm Friedrich Hegel, autor de "Fenomenologia do Espírito", seu corporificador. Defende que os factos históricos são produto do instinto de evolução inato do homem, disciplinado pela razão. Desse modo, os acontecimentos são primordialmente regidos por ideias. Em qualquer ocorrência de ordem econômica, política, intelectual ou religiosa, deve-se observar em primeiro plano o papel desempenhado pela ideia como geradora da realidade. Para os defensores dessa corrente, toda a evolução construtiva da humanidade tem razão idealista. Concepção Materialista - Surgiu em oposição à concepção idealista, embora adotando o mesmo método dialético. A partir da publicação do Manifesto Comunista de 1848, Karl Marx e Friedrich Engels lançam as bases do Materialismo Histórico, onde argumentavam que as transformações que a História viveu e viverá foram e serão determinadas pelo fator econômico e pelas condições de vida material dominantes na sociedade a que estejam ligadas. A preocupação primeira do homem não são os problemas de ordem espiritual, mas os meios essenciais de vida: alimentação, habitação, vestimenta e instrumentos de produção. No prefácio de "Crítica da Economia Política", Karl Marx escreveu: "As causas de todas as mudanças sociais e de todas as revoluções políticas, não as devemos procurar na cabeça dos homens, em seu entendimento progressivo da verdade e da justiça eternas, mas na vida material da sociedade, no encaminhamento da produção e das trocas". Concepção Psicológico-social - Apóia-se na teoria de que os acontecimentos históricos são resultantes, especialmente, de manifestações espirituais produzidas pela vida em comunidade. Segundo seus defensores, que geralmente se baseiam em Wilhelm Wundt ("Elementos de Psicologia das Multidões"), os factos históricos são sempre o reflexo do estado psicológico reinante em determinado agrupamento social. [editar] Documentos e fontes históricas Não se passa pela vida sem deixar marcas. Um objeto, uma canção, uma hipótese formulada… são traços da passagem do homem. "Todo e qualquer vestígio do passado, de qualquer natureza", define o documento histórico. Quantas vezes, porém, não foi tentada a falsificação de documentos históricos? Heróis fictícios, peças com atribuições alteradas de origem, tempo e uso, informações sem fontes… muitas e tantas danações dos que querem moldar a história aos seus caprichos. Por isso existe uma ciência especial, a Heurística, só para cuidar da verificação e investigação da autenticidade das fontes históricas.
Sobre fontes e documentos é feita a crítica histórica:
Crítica Objetiva - Verifica o valor extrínseco, externo de um documento; se é original ou apenas uma cópia. Crítica Subjetiva - Verifica o valor intrínseco, interno, de um documento. É um trabalho especializado, comparativo, que só pode ser realizado pelas ciências auxiliares da História: Arqueologia (estuda ruínas, objetos antigos); Paleontologia (fósseis); Heráldica (emblemas e brasões); Epigrafia (inscrições lapidares); Numismática (moedas); Genealogia (linhagens familiares); Paleografia (estudo da escrita antiga) A era cristã e a divisão da História A referência de maior aceitação para se contar o tempo, atualmente, é o "nascimento de Cristo". Mas já houve outras referências importantes no Ocidente: os gregos antigos tinham como base cronológica o início dos jogos olímpicos; os romanos, a fundação de Roma. Ainda hoje, os árabes contam seu tempo pela Hégira, a emigração (não fuga) de Maomé de Meca para Medina[carece de fontes?].
[editar] Visões sobre a História "O homem nao vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades".[3] (Jacques Le Goff) "A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História de sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças".[4] "A História como registro consiste em três estados, tão habilmente misturados que parecem ser apenas um. O primeiro é o conjunto dos factos. O segundo é a organização dos factos para que formem um padrão coerente. E a terceira é a interpretação dos factos e do padrão". (Henry Steele Commager) [carece de fontes?] "Sem a História nós estaríamos em um eterno recomeço, não teríamos como avaliar os erros do passado, para não errarmos novamente no futuro". (Rafael Hammerschmidt) Referências ↑ CAIRE-JABINET, Marie-Paule (2003) "Introdução à Historiografia". São Paulo: EDUSC. p. 118. ↑ Hughes-Warrington, Marnie (2002) "50 Grandes pensadores da História". São Paulo: Contexto. p. 31. ↑ LEGOFF, Jacques (1976) "História:novos objetos". Rio de Janeiro: F. Alves. p. 71. ↑ BORGES, Vavy Pacheco Broges. O que é história. 14ª ed. São Paulo: editora Brasiliense, 1989. p.47. (Coleção primeiros passos). [editar] Bibliografia AGUIRRE ROJAS, Carlos Antonio. Os Annales e a historiografia francesa: tradições críticas de Marc Bloch a Michel Foucault. Maringá: EDUEM, 2000. BARROS, José D'Assunção. O Campo da História. Petrópolis: Vozes, 2009, 6a edição. [1] BURKE, Peter. A Escola dos Annales. 1929-1989. São Paulo: Edit. Univ. Estadual Paulista, 1991. COSTA, Ricardo da. "Para que serve a História? Para nada…". In: NetHistória (ISSN 1679-8252) [2] COSTA, Ricardo da. "O conhecimento histórico e a compreensão do passado: o historiador e a arqueologia das palavras". In: ZIERER, Adriana (coord.). Revista Outros Tempos, São Luís, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), volume 1, 2004 (ISSN 1808-8031). [3] DOSSE, François. História a prova do tempo: da história em migalhas ao resgate do sentido. São Paulo: Editora da UNESP, 2001. LE GOFF, Jacques. História e memória. São Paulo: Editora da UNESP, 1992. Super Interssante, Pag 09. Modos de ver a História : As Visões dos historiadores mais importates do século XXI. São Paulo: Editora Abril, 2007.
Ele entrega | |
| | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:56 pm | |
| -Podem entregar e sair! - Spoiler:
A história de Portugal tem a sua génese com a chegada dos primeiros hominídeos à Península Ibérica há cerca de 1.2 milhões de anos atrás. O território entrou no domínio da história escrita com o início das guerras Púnicas. Em 29 a.C. era habitado por vários povos, como os Lusitanos, quando foi integrado no Império Romano como a província da Lusitânia, influenciando fortemente a cultura, nomeadamente a língua portuguesa, na maior parte originada no latim. Após a queda do Império Romano, estabeleceram-se aí povos germânicos como os Visigodos e Suevos, e no século VIII seria ocupado por árabes.
Durante a reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal reclama o título de mais antigo estado-nação europeu.[1]
Durante os séculos XV e XVI, os portugueses foram pioneiros na exploração marítima, estabelecendo o primeiro império colonial de amplitude global, com possessões em África, na Ásia e na América do Sul, tornando-se uma potência mundial económica, política e militar.[2] Em 1580, após uma crise de sucessão, foi unido a Espanha na chamada União Ibérica que duraria até 1640. Após a Guerra da Restauração foi restabelecida a independência sob a nova dinastia de Bragança, com a separação das duas coroas e impérios. O terramoto de 1755 em Lisboa, as invasões espanhola e francesas que antecederam a perda da sua maior possessão territorial ultramarina, o Brasil, resultaram no desmembramento da estabilidade política e económica, reduzindo o estatuto de Portugal como potência global no século XIX.
Após a queda da monarquia, em 1910 foi a proclamada a República, iniciando o actual sistema de governo. A instável Primeira República foi sucedida por uma ditadura sob o nome de Estado Novo. Na segunda metade do século XX, na sequência da guerra colonial portuguesa e do golpe de estado da revolução dos cravos em 1974, a ditadura foi deposta e estabelecida a democracia parlamentar, com todos os territórios ultramarinos a obter a sua independência, nomeadamente Angola e Moçambique em África; o último território ultramarino, Macau, seria entregue à China em 1999.
Portugal entrou, após um conturbado período revolucionário, no caminho da Democracia Parlamentar, ao mesmo tempo que procedia à descolonização de todas as suas colónias. Membro fundador da NATO, o Portugal democrático reforçou a sua modernização e a sua inserção no espaço europeu com a sua adesão, em 1986, à Comunidade Económica Europeia (CEE). A compreensão de Portugal e da sua História é uma constante da Historiografia portuguesas pelo menos desde o início do século XIX. As condições que tornaram possível a autonomização de Portugal de Leão e Castela e, depois, lhe permitiram construir e manter uma identidade na Península e no mundo são temas que estiveram no cerne da análise e da reflexão de historiadores e pensadores como Herculano, Oliveira Martins, Antero, Sampaio Bruno, Jaime Cortesão, António Sérgio e Joel Serrão, para citar apenas alguns nomes.
Portugal tem, pelas sua posição geográfica, acentuada ainda pelas características geomorfológicas do seu território, uma posição excêntrica relativamente à Europa. A posição atlântica de Portugal, prolongada, desde o início do século XV, pelos dois arquipélagos descobertos e povoados por portugueses, o dos Açores e o da Madeira, foi a chave da sua história e da sua identidade nacional: encravado entre um poderoso vizinho e o mar, os Portugueses souberam tirar partido da sua situação estratégica, quer construindo no mar um poderio militar, quer aliando-se à potência naval dominante (aliança inglesa), assegurando a sua sobrevivência face às pretensões hegemónicas das potências europeias. Escreve Veríssimo Serrão (História de Portugal, vol. 1) : «em face de uma Espanha superior em dimensão cinco vezes, não houve milagre no caso português, mas somente a adequada integração dos seus naturais num quadro político que lhe assegurou a existência autónoma que qualquer periferia marítima amplamente favorece.»
A leitura da História de Portugal em termos de um ciclo de apogeu e queda, de potência mundial à irrelevância geopolítica, é uma leitura marcadamente oitocentista, nascida no contexto da reflexão política de finais do século XIX. A região que corresponde actualmente a Portugal começou a ser habitada há cerca de quinhentos mil anos, primeiro pelos Neandertais e, mais tarde, pelo Homem moderno. Entre 20 000 a.C. e 10 000 a.C., a Península Ibérica começou a ser colonizada por grupos humanos Cro-Magnon e, milénios mais tarde, passou a abrigar outros povos, autóctones e sem parentesco aparente com quaisquer outros povos conhecidos. Entre eles, estavam os iberos, na costa mediterrânica de Espanha, os tartessos (relacionados aos turdetanos, túrdulos e cónios), no extremo sul de Portugal (regiões do Algarve e Alentejo) e os aquitanos e vascones (prováveis antepassados dos actuais bascos), na região dos Pireneus. A hipótese de todos serem de origem berbere, do norte da África (citada na teoria do Vascoiberismo), hoje é amplamente desacreditada, embora o parentesco entre iberos e bascos ainda continue a ser investigado. Porém, segue-se a crença de que todos eram povos distintos etnicamente entre si.
No século VII a.C., a região passou a ser habitada por povos indo-europeus, sendo estes tribos proto-célticas e celtas. As tribos iberas e algumas vagas celtas misturaram-se, dando origem aos celtiberos, em partes de Espanha. Outras populações proto-célticas e celtas acomodaram-se em território português, como os lusitanos, os vetões (ou Vettones) e os galaicos (ou Gallaeci), entre outras menos significativas, tais como os brácaros, célticos, coelernos, equesos, gróvios, interamici, leunos, luancos, límicos, narbasos, nemetatos, pésures, quaquernos, seurbos, tamagani, taporos, zoelas, turodos). Influências menores foram os gregos e os fenícios-cartagineses.
| |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:56 pm | |
| - Spoiler:
A história de Portugal tem a sua génese com a chegada dos primeiros hominídeos à Península Ibérica há cerca de 1.2 milhões de anos atrás. O território entrou no domínio da história escrita com o início das guerras Púnicas. Em 29 a.C. era habitado por vários povos, como os Lusitanos, quando foi integrado no Império Romano como a província da Lusitânia, influenciando fortemente a cultura, nomeadamente a língua portuguesa, na maior parte originada no latim. Após a queda do Império Romano, estabeleceram-se aí povos germânicos como os Visigodos e Suevos, e no século VIII seria ocupado por árabes.
Durante a reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, primeiro como parte do Reino da Galiza e depois integrado no Reino de Leão. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143, e a estabilização das fronteiras em 1249, Portugal reclama o título de mais antigo estado-nação europeu.[1]
Durante os séculos XV e XVI, os portugueses foram pioneiros na exploração marítima, estabelecendo o primeiro império colonial de amplitude global, com possessões em África, na Ásia e na América do Sul, tornando-se uma potência mundial económica, política e militar.[2] Em 1580, após uma crise de sucessão, foi unido a Espanha na chamada União Ibérica que duraria até 1640. Após a Guerra da Restauração foi restabelecida a independência sob a nova dinastia de Bragança, com a separação das duas coroas e impérios. O terramoto de 1755 em Lisboa, as invasões espanhola e francesas que antecederam a perda da sua maior possessão territorial ultramarina, o Brasil, resultaram no desmembramento da estabilidade política e económica, reduzindo o estatuto de Portugal como potência global no século XIX.
Após a queda da monarquia, em 1910 foi a proclamada a República, iniciando o actual sistema de governo. A instável Primeira República foi sucedida por uma ditadura sob o nome de Estado Novo. Na segunda metade do século XX, na sequência da guerra colonial portuguesa e do golpe de estado da revolução dos cravos em 1974, a ditadura foi deposta e estabelecida a democracia parlamentar, com todos os territórios ultramarinos a obter a sua independência, nomeadamente Angola e Moçambique em África; o último território ultramarino, Macau, seria entregue à China em 1999.
Portugal entrou, após um conturbado período revolucionário, no caminho da Democracia Parlamentar, ao mesmo tempo que procedia à descolonização de todas as suas colónias. Membro fundador da NATO, o Portugal democrático reforçou a sua modernização e a sua inserção no espaço europeu com a sua adesão, em 1986, à Comunidade Económica Europeia (CEE).
[editar] Historiagrafia A compreensão de Portugal e da sua História é uma constante da Historiografia portuguesas pelo menos desde o início do século XIX. As condições que tornaram possível a autonomização de Portugal de Leão e Castela e, depois, lhe permitiram construir e manter uma identidade na Península e no mundo são temas que estiveram no cerne da análise e da reflexão de historiadores e pensadores como Herculano, Oliveira Martins, Antero, Sampaio Bruno, Jaime Cortesão, António Sérgio e Joel Serrão, para citar apenas alguns nomes.
Portugal tem, pelas sua posição geográfica, acentuada ainda pelas características geomorfológicas do seu território, uma posição excêntrica relativamente à Europa. A posição atlântica de Portugal, prolongada, desde o início do século XV, pelos dois arquipélagos descobertos e povoados por portugueses, o dos Açores e o da Madeira, foi a chave da sua história e da sua identidade nacional: encravado entre um poderoso vizinho e o mar, os Portugueses souberam tirar partido da sua situação estratégica, quer construindo no mar um poderio militar, quer aliando-se à potência naval dominante (aliança inglesa), assegurando a sua sobrevivência face às pretensões hegemónicas das potências europeias. Escreve Veríssimo Serrão (História de Portugal, vol. 1) : «em face de uma Espanha superior em dimensão cinco vezes, não houve milagre no caso português, mas somente a adequada integração dos seus naturais num quadro político que lhe assegurou a existência autónoma que qualquer periferia marítima amplamente favorece.»
A leitura da História de Portugal em termos de um ciclo de apogeu e queda, de potência mundial à irrelevância geopolítica, é uma leitura marcadamente oitocentista, nascida no contexto da reflexão política de finais do século XIX.
[editar] Pré-história Ver artigos principais: Pré-história da Península Ibérica e Povos ibéricos pré-romanos. Mapa Étnico-Linguístico da Península Ibérica cerca de 200 AC.A região que corresponde actualmente a Portugal começou a ser habitada há cerca de quinhentos mil anos, primeiro pelos Neandertais e, mais tarde, pelo Homem moderno. Entre 20 000 a.C. e 10 000 a.C., a Península Ibérica começou a ser colonizada por grupos humanos Cro-Magnon e, milénios mais tarde, passou a abrigar outros povos, autóctones e sem parentesco aparente com quaisquer outros povos conhecidos. Entre eles, estavam os iberos, na costa mediterrânica de Espanha, os tartessos (relacionados aos turdetanos, túrdulos e cónios), no extremo sul de Portugal (regiões do Algarve e Alentejo) e os aquitanos e vascones (prováveis antepassados dos actuais bascos), na região dos Pireneus. A hipótese de todos serem de origem berbere, do norte da África (citada na teoria do Vascoiberismo), hoje é amplamente desacreditada, embora o parentesco entre iberos e bascos ainda continue a ser investigado. Porém, segue-se a crença de que todos eram povos distintos etnicamente entre si.
No século VII a.C., a região passou a ser habitada por povos indo-europeus, sendo estes tribos proto-célticas e celtas. As tribos iberas e algumas vagas celtas misturaram-se, dando origem aos celtiberos, em partes de Espanha. Outras populações proto-célticas e celtas acomodaram-se em território português, como os lusitanos, os vetões (ou Vettones) e os galaicos (ou Gallaeci), entre outras menos significativas, tais como os brácaros, célticos, coelernos, equesos, gróvios, interamici, leunos, luancos, límicos, narbasos, nemetatos, pésures, quaquernos, seurbos, tamagani, taporos, zoelas, turodos). Influências menores foram os gregos e os fenícios-cartagineses.
[editar] Romanização Ver artigos principais: Invasão romana da Península Ibérica, Lusitânia, Galécia. As províncias romanas Lusitânia e Galécia, reorganização da Hispânia de Diocleciano, 298 d.C..No século III a.C. os Romanos penetraram na Península Ibérica no contexto da Segunda Guerra Púnica que mantiveram contra Cartago. Foram anexadas duas regiões da Península Ibérica por Roma como províncias das Hispânias (a Citerior e a Ulterior). Entre 209 e 169 a.C., o exercito romano levou para Roma cerca de 4 toneladas de ouro e 800 toneladas de prata que obtiveram como espólio de guerra retirado dos tesouros das tribos nativas.[3] A exploração mineira, como a das Três Minas ,das maiores do mundo romano, que terá iniciado no tempo de Augusto (27 a.C.- 14 d.C.),ou das minas do campo de Jales ou da Gralheira[4] era um dos principais factores económicos para o interesse romano na região.
A Citerior foi subjugada e ocupada com relativa facilidade, mas a anexação da Ulterior) só se tornou efectiva muito depois. A conquista total da península pelos Romanos só ocorreu no tempo do imperador Augusto.
Viriato, o líder lusitano, conseguiu conter a expansão romana durante alguns anos, fazendo com que fosse dos últimos territórios a resistir à ocupação romana da Península Ibérica. Erigindo-se em chefe dos Lusitanos após escapar a uma matança perpetrada à traição pelo romano Galba, uniu à sua volta um número crescente de tribos e travou uma guerra incansável contra os invasores. Perito em tácticas de guerrilha e em iludir o adversário, derrotou sucessivamente os vários generais romanos enviados contra ele. No auge da sua carreira, o Senado reconheceu-o e declarou-o "amigo do povo romano". Não obstante, seria morto à traição (140 a.C.) por três companheiros de armas comprados pelos romanos.
Ponte de Trajano sobre o rio Tâmega, Chaves (Portugal).Desprovidos de chefe, os Lusitanos sujeitaram-se ao jugo romano, mas por pouco tempo. Na sequência das guerras civis, o general romano Sertório, da facção derrotada, foi convidado pelos Lusitanos a chefiá-los contra Roma. Excelente general, derrotou mais uma vez todos os generais enviados contra ele, incluindo o célebre Pompeu. Sertório era um hábil e carismático político. Perpena, um outro general romano que se lhe juntou, veio a assassiná-lo traiçoeiramente. A partir daí, a romanização do território que viria a ser português prosseguiu sem dificuldades de maior para Roma.
Os Romanos deixaram um importante legado cultural naquilo que é hoje Portugal, nos costumes, na arte, na arquitectura, na rede viária e nas pontes, algumas das quais servem até aos nossos dias, como a de Trajano sobre o rio Tâmega em Chaves (Aquae Flaviae) ou a de Vila Formosa (Alter do Chão), mas pouco terão contribuido para a composição étnica portuguesa actual. Uma variante do Latim (Latim Vulgar) passou a ser o idioma dominante da região. Surgiram novas cidades e desenvolveram-se outras, segundo o modelo habitual de colonização romana. No fim do século I a.C. o imperador Augusto criou a província da Lusitânia, que correspondia a grande parte do actual território português, embora não à sua totalidade, já que as terras a norte do rio Douro integravam a Tarraconense. Em 74 D.C. o imperador Vespasiano concedeu o "direito latino" (equiparação aos municípios da Itália) a grande parte dos municípios da Lusitânia, datando dessa época um importante surto urbano. Difundiu-se também a cidadania romana, que viria a ser atribuída a todos os súbditos (livres) do império pela chamada Constituição Antoniniana, ou édito de Caracala (212 D.C.). Em finais do século III d.C. o imperador Diocleciano subdividiu a Tarraconense em outras províncias, entre as quais se achava a Callaecia, que integrava o norte do actual Portugal, a Galiza e as Astúrias. Durante o Império Romano o Cristianismo difundiu-se em toda a Hispânia, pelo menos a partir do século III.
[editar] Invasões bárbaras Ver artigos principais: Invasões bárbaras da Península Ibérica, Visigodos e Suevos. Visigodos e Suevos na Península Ibérica de 560 d.C..Em 409 d.C., os chamados povos bárbaros, compostos principalmente por Suevos (Quados e Marcomanos), Vândalos (Silingos e Asdingos) e Visigodos, todos de origem germânica, além dos Alanos, de origem persa, fixam-se na Hispânia. Em 411 estes povos dividem entre si o território: os Vândalos Asdingos ocuparam a Galécia, os Suevos, a região a norte do Douro, enquanto os Alanos ocuparam as províncias da Lusitânia e a Cartaginense, e os Vândalos Silingos, a Bética.
Algum tempo depois, ocorre a entrada dos Visigodos na península ao serviço do Império Romano e com o objectivo de subjugar os anteriores invasores. De todos estes povos, os Suevos e os Visigodos seriam aqueles que teriam uma presença mais duradoura no território que é hoje Portugal. Estabelecendo a capital do seu reino em Braga, os Suevos dominam um território que também inclui a Galiza e chegam a dominar a parte ocidental da Lusitânia. Estabelecidos na condição de federados do Império Romano, os Suevos eram pagãos, tendo sido evangelizados por S. Martinho de Dume e convertidos ao catolicismo. A partir de 470 crescem os problemas do reino suevo com o vizinho reino visigodo. Em 585 o rei visigodo Leovigildo toma Braga e anexa o reino suevo. A partir daqui toda a Península Ibérica fica unificada sob o reino visigodo (com excepção de algumas zonas do litoral sul e levantino, controladas pelo Império Bizantino) até à queda deste reino em 711. A estabilidade interna deste reino foi sempre difícil, pois os visigodos eram arianos, enquanto a maioria da população era católica. Recaredo, convertendo-se ao catolicismo, facilitou a união das duas populações; mas questões dinásticas reacenderam os conflitos e vieram a estar na origem do colapso final.
Os povos bárbaros eram numericamente inferiores à população hispano-romana, pelo que foram obrigados à miscigenação étnica e cultural com esta. Muitas cidades foram destruídas durante este período e verificou-se uma ruralização da vida económica.
[editar] Ocupação Muçulmana Ver artigos principais: invasão árabe, al-Andalus. Antiga mesquita de Mértola, no sul de Portugal, hoje Igreja de Santa Maria da Assunção.Em 711 a Península Ibérica foi invadida pelos muçulmanos do Norte de África (basicamente Berberes com alguma componente de Árabes). Estes dominaram partes da península por mais de cinco séculos: inicialmente sobre o controlo do Califado de Damasco, como uma província do império omíada, o Al-Andalus, mais tarde sob a forma de um emirado e califado e, devido ao colapso deste, em pequenos reinos (taifas) com autonomias características. Durante estes séculos, nas Astúrias, a única região que resistiu à invasão árabe, desenvolvia-se um movimento de reconquista da Península, culminando no fim do poder político islâmico nesta com a tomada de Granada pelos Reis Católicos (1492). A esta altura, já o reino de Portugal estava formado, soberano e completo e, talvez por isso, o país explorava o além-mar, em parte sob o pretexto do espírito das Cruzadas, para difundir o Cristianismo. Os muçulmanos que não foram expulsos ou mortos durante o processo de reconquista, tiveram de aderir aos costumes locais (incluindo o Cristianismo). Não se sabe ao certo o grau existente de mescla com estes berberes na população portuguesa actual, mas há um consenso de que esta mescla existe.
[editar] Formação do Reino de Portugal Ver artigos principais: Reconquista, Condado Portucalense, Independência de Portugal. Evolução das fronteiras dos territórios na Peninsula Ibérica ao longo da reconquista, 790-1300.Se rápida foi a invasão árabe, a reconquista cristã foi francamente mais lenta. Este processo gradual originou o nascimento de pequenos reinos que iam sendo alargados à medida que a Reconquista era bem sucedida. Primeiro, o Reino das Astúrias, que viria a dividir-se entre os filhos de Afonso III das Astúrias quando morreu. Assim nasciam os reinos de Leão e, mais tarde, de Navarra e Aragão e Castela.
Mais tarde Afonso VI de Leão e Castela (autodenominado Imperador de toda a Espanha), entregou, por mérito, ao seu genro D. Henrique de Borgonha, o governo dos territórios meridionais, o Condado Portucalense, grosso modo entre os rios Minho e Douro e o Condado de Coimbra, entre os rios Douro e Mondego. Destes condados, que faziam ainda parte do reino de Leão, mas que dele tinha grande independência, nasceria o reino de Portugal.
D. Henrique governou no sentido de conseguir uma completa autonomia para o seu condado e deixou uma terra portucalense muito mais livre do que aquela que recebera. Por morte de D. Henrique (1112), sucede-lhe a viúva deste, D. Teresa, no governo do condado durante a menoridade do seu filho Afonso Henriques. O pensamento de D. Teresa foi idêntico ao do seu marido: fortalecer a vida portucalense, conseguir a independência para o condado. D. Teresa começou (1121) a intitular-se «Rainha», mas os muitos conflitos diplomáticos e a influência que concedeu a alguns nobres galegos (principalmente a Fernão Peres) na gerência dos negócios públicos prejudicou o seu esforço. Aos catorze anos de idade (1125), o jovem Afonso Henriques arma-se a si próprio cavaleiro – segundo o costume dos reis – tornando-se assim guerreiro independente, e passando a viver em Coimbra a partir de 1130. A posição de favoritismo em relação aos nobres galegos e a indiferença para com os fidalgos e eclesiásticos portucalenses originou a revolta destes, sob chefia do seu filho, D. Afonso Henriques.
A luta entre Afonso Henriques e sua mãe desenrola-se, até que em 1128 se trava a Batalha de São Mamede (Guimarães) e D. Teresa é expulsa da terra que dirigira durante quinze anos. Uma vez vencida, D. Afonso Henriques toma conta do condado, declarando-o principado independente.
Continuou, no entanto, a lutar contra as forças de Afonso VII de Leão e Castela (inconformado com a perda das terras portuguesas), enquanto paralelamente travava lutas contra os muçulmanos. Em 1139, Afonso Henriques conseguiu uma importante vitória contra os Mouros na Batalha de Ourique, tendo declarado a independência com o apoio dos chefes portugueses, que o aclamaram como soberano.
Nascia, pois, em 1139, o Reino de Portugal e sua primeira dinastia, com o Rei Afonso I de Portugal (D. Afonso Henriques), e a cidade de Coimbra como a primeira capital.
Só em 1143 é reconhecida independência de Portugal pelo rei de Castela, no Tratado de Zamora, assinando-se a paz definitiva. D. Afonso Henriques dirigiu-se ao papa Inocêncio II e declarou Portugal tributário da Santa Sé, tendo reclamado para a nova monarquia a protecção pontifícia. Durante o período que se segue, as atenções seguiam, sempre que possível, em assegurar essa soberania (que ficou dificultada durante a crise dinástica de 1383) e prolongar o território para Sul.
[editar] Os descobrimentos Ver artigo principal: Descobrimentos portugueses Descobrimentos portugueses de 1415-1543, principais rotas no Oceano Índico (azul), territórios portugueses no reinado de D. João III (verde).A partir da conquista de Ceuta em 1415 iniciaram-se várias campanhas além-mar, na conquista de praças em África, como Ceuta e Tânger. Vendo a riqueza com que se vivia na região, os portugueses empenharam-se em descobrir mais e mais território. O pretexto inicial da conversão cristã começava a revelar-se agora um verdadeiro espírito aventureiro, o gosto por descobrir. Portugal inicia uma longa caminhada pela costa Africana, redescobrindo a Madeira, Açores e descobrindo São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola e a Guiné até que D. João II, baseado em boatos que procurou esclarecer, inicia o planeamento de um projecto que iria lançar Portugal entre as potências mundiais: uma rota comercial marítima para a Índia. O projecto passa a empreendimento, e eis que Vasco da Gama, já no tempo de D. Manuel I, vê a luz ao Oceano Índico e espalha a presença portuguesa pela costa oriental africana, até à Índia. Entretanto tomava-se conhecimento, através de Cristóvão Colombo, de novo território a Oeste, as mais tarde chamadas Índias Ocidentais, as Américas, portanto. E seria a curiosidade de Pedro Álvares Cabral que traria, para o novo Império Português, o Brasil.
Com todas as suas colónias estabelecidas, Portugal tornou-se rapidamente um importante explorador comercial, tornando a Península Ibérica a maior potência mundial da altura.
[editar] O Império Português Ver artigo principal: Império Português Mapa anacrónico do Império Português (1415-1999).O Império Português foi o primeiro e o mais duradouro dos Impérios coloniais (1415-1999) da Era dos Descobrimentos. Após a descoberta da costa Africana, enquanto se avançava por terra para o centro do continente, exploravam-se outras alternativas rumo às especiarias. A intensidade desta procura, por várias nações, iria permiti-las estabelecer vastas colónias em todo o mundo, e Portugal foi uma dessas nações. Em 1571 uma cadeia de entrepostos ligava Lisboa a Nagasaki, cidade fundada no Japão pelos portugueses: o império tornara-se verdadeiramente global, trazendo no processo enormes riquezas para Portugal. Desde a América do Sul à Ásia, Portugal espalhava a língua e os costumes, trazendo para o país grandes riquezas, muitas vezes em prejuízo das colónias.
No entanto, logo após a Segunda Guerra Mundial começou a ruptura das dominações coloniais, a que Portugal não escapou. Após a perda do Estado Português da Índia, a situação manteve-se relativamente controlada até que, em 1961, estalavam os primeiros confrontos armados em Angola, a que se sucederiam intensos combates.
[editar] Dinastia Filipina Ver artigos principais: Dinastia Filipina e Guerra Luso-Holandesa. Em 1580, com a morte do rei D. Sebastião na Batalha de Alcácer-Quibir, Portugal enfrenta uma crise dinástica cuja análise se mostrou complexa. Apesar dos esforços de D. António, o Prior do Crato, o trono caiu nas mãos dos reis de Espanha, sob a forma de monarquia dual - dois reinos, um rei.
Durante a Dinastia Filipina o império português sofreu grandes reveses ao ser envolvido nos conflitos de Espanha com a Inglaterra, a França e a Holanda. Os confrontos foram iniciados a pretexto da Guerra dos Oitenta Anos. Entre 1595 e 1663 foi travada a Guerra Luso-Holandesa com as Companhias Holandesas das Índias Ocidentais e Ocidentais, que tentavam tomar as redes de comércio portuguesas de especiarias asiáticas, escravos da áfrica ocidental e açúcar do Brasil. Portugal foi envolvido no conflito por estar unificado sob a coroa dos Habsburgos, mas os confrontos perduraram vinte anos após a Restauração da Independência em 1640.
Face ao ocorrido, e à instabilidade social provocada pela quebra de promessas pelos reis castelhanos, Portugal vive um período de guerra interna pela restauração da Independência, até conseguir a Paz que elevaria D. João IV ao trono português.
Após 1640 (fim da dinastia filipina), a Coroa Portuguesa criou o Conselho Ultramarino, encarregado de uma nova política colonial, com o objetivo de superar a situação económica enfrentada pela Metrópole. Neste contexto, o Brasil, como a maior e a mais rica das colónias, foi alvo de um arrocho económico e administrativo, e ao mesmo tempo, estimulou-se a busca pelo ouro e pedras preciosas. Assim, procurou-se reduzir os poderes das Câmaras Municipais, caracterizados no localismo político dos “Homens Bons” da Colónia.
[editar] Era Pombalina e Iluminismo Marquês de Pombal e a reconstrução de Lisboa após o Terramoto de 1755.No princípio do século XVIII, Sebastião José de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal assume o cargo de primeiro-ministro, e torna-se responsável por reformas em várias áreas. Introduziu em Portugal a doutrina do "direito divino dos reis", revelando-se um déspota esclarecido ao serviço de um apagado rei absoluto, D. José I. Os jesuítas, defensores do pacto de sujeição do rei à República, foram naturalmente expulsos. As Cortes nunca reuniram. Foi muito contestado pela sua crueldade e rigidez, evidente no processo dos Távora. A reconstrução da baixa de Lisboa, após o Terramoto de 1755, expressa os conceitos urbanos e estéticos do Iluminismo. Relativamente ao Brasil, o Marquês considerava-o uma colónia estritamente dependente de Lisboa e ao serviço do enriquecimento do Reino de Portugal; o povo brasileiro sentiu-se desprezado, o que gerou a instabilidade local suficiente para que a colónia se revoltasse e se viesse a tornar independente. [carece de fontes?]
[editar] As Invasões Francesas Ver artigo principal: Guerra Peninsular Com a derrota da Prússia em 1806 e a aliança franco-russa de 1807 (Tratado de Tilsit), Napoleão Bonaparte orienta a sua política para a Espanha, formalmente um país aliado, mas cuja dinastia Napoleão, à semelhança do que fizera noutros Estados, pretende substituir pela dinastia Bonaparte. É neste contexto que se deve situar a invasão de Portugal, aliado da Inglaterra e, portanto, não aderente ao sistema do Bloqueio Continental decretado em 1806 (Decreto de Berlim). Para conseguir os seus intentos, Napoleão celebra com a Espanha o Tratado de Fontainebleau (27 de Outubro de 1807), no qual previa a divisão de Portugal em três reinos sob a influência da França. Ao mesmo tempo, Napoleão planeava já apoderar-se do Brasil e das colónias espanholas. O plano é executado logo no Outono de 1807, com a invasão de Portugal por um exército comandado pelo general Junot, que atingiria a fronteira portuguesa da Beira Baixa no final de Novembro. Na invasão as tropas francesas foram reforçadas por três corpos do exército espanhol. Porém, todos os planos de Napoleão fracassaram. A família Real Portuguesa, toda a Corte e o Governo, num total de cerca de 15 mil pessoas, partiram para o Brasil, de onde foi prosseguida, com inegável êxito, a política internacional portuguesa. Com a rebelião popular espanhola, as tropas espanholas abandonam Portugal, deixando margem para a revolta do Porto (7 de Junho de 1808) e para a constituição da Junta Provisional, ao mesmo tempo que, em todo o território português alastra um movimento de resistência popular que nem a feroz repressão das forças francesas, em que se destacou especialmente o general Loison (o famigerado «maneta»), conseguiria debelar. O desembarque de uma força expedicionária britânica comandada por Arthur Wellesley, futuro duque de Wellington, perto da Figueira da Foz (1 de Agosto) deitará por terra os planos de ocupação e dissolução de Portugal. Derrotado em Roliça e Vimeiro (21 de Agosto), Junot não tem outra alternativa senão assinar um armistício (Convenção de Sintra, de 30 de Agosto de 1808), que, sob protesto português, lhe permitirá abandonar Portugal em navios britânicos, com as suas tropas e o seu saque. Estava concluído o fruste domínio de Napoleão Bonaparte sobre Portugal, ao mesmo tempo que a guerra alastrava a toda a Península, acabando por comprometer toda a política imperial da França. Nas duas invasões subsequentes, a de Soult (1809) e a de Massena (1810), a resistência luso-britânica, que culminou nas batalhas do Buçaco (27 de Setembro de 1810) e das Linhas de Torres Vedras, quebrou as asas à política imperial e aos sonhos de domínio sobre a Península Ibérica. No Rio de Janeiro, o Governo português, chefiado por D. Rodrigo de Sousa Coutinho, Conde de Linhares, obtinha da Inglaterra o cumprimento do Tratado de Londres de 1807, ao mesmo tempo que mandava tomar a Guiana Francesa, só restituída à França após o Congresso de Viena.
[editar] A Revolução Liberal de 1820 Ver artigo principal: Revolução liberal do Porto Embarque para o Brasil do Príncipe Regente de Portugal, D. João VI, e de toda a família real, no cais de Belém, em 27 de novembro de 1807. Gravura feita por Francisco Bartolozzi (1725 - 1815) a partir de óleo de Nicolas Delariva.Nos inícios do século XIX Portugal vivia uma crise motivada pela partida da família real para o Brasil, pelas consequências destrutivas das Invasões Napoleónicas, pelo domínio dos ingleses sobre Portugal e pela abertura dos portos do Brasil ao comércio mundial, o que tinha provocado a ruína de muitos comerciantes portugueses. Ao mesmo tempo, a ideologia liberal implantava-se em pequenos grupos da burguesia.
No dia 24 de Agosto de 1820 eclodiu no Porto uma revolução cujo objectivo imediato era convocar Cortes que dotassem Portugal de um texto constitucional.
Esta revolução não encontrou oposição. Tendo a cidade de Lisboa aderido ao movimento, formou-se uma Junta Provisória cujo objectivo era organizar as eleições para eleger as Cortes. Os deputados eleitos, oriundos de todo o território controlado por Portugal (Brasil, Madeira, Açores, dependências da África e Ásia) formaram as Cortes Constituintes.
O rei D. João VI foi intimado pelas Cortes a regressar a Portugal. Antes de voltar nomeia o seu filho, o príncipe D. Pedro, regente do reino do Brasil, o que desagradou às Cortes Constituintes que entendiam que a soberania só poderia residir em Portugal continental. As cortes ordenaram também que D. Pedro deixasse o Brasil para se educar na Europa. Estas atitudes geraram o descontentamento dos 65 deputados brasileiros nas Cortes Constituintes, que deixam o país em direcção ao Brasil. No dia 7 de Setembro de 1822 o princípe D. Pedro recebe mais uma mensagem das Cortes, que rasga diante dos seus companheiros, exclamando: "Independência ou morte!". Este acto, conhecido como o grito de Ipiranga, marcaria a data da independência do Brasil.
No mesmo ano as Cortes aprovaram a Constituição. Inspirada na Constituição francesa de 1791 e na Constituição de Cádis de 1812 , consagra a divisão tripartida dos poderes (legislativo, executivo e judicial), limitava o papel do rei a uma mera função simbólica, colocando o poder no governo e num parlamento unicamaral eleito por sufrágio directo. Isso mostrava a forte influencia iluminista na época.
[editar] Guerra Civil Portuguesa (1828-1834) Ver artigo principal: Guerras liberais Com a morte de D. João VI, levantava-se um problema de sucessão. Após D. Pedro IV ter sido forçado a abdicar do trono de Portugal em favor do trono do Brasil, D. Maria II subia ao trono por legitimidade. Entretanto, D. Miguel, que já se revoltara pelo menos duas vezes e estava exilado, foi nomeado regente do Reino, e o casamento com D. Maria seria arranjado. Na tentativa de impor o seu regime absolutista, depôs o regime monárquico-constitucional de D. Maria dando início a seis anos de conflitos armados com intervenções da política internacional. Para resolver a situação, D. Pedro abdica do trono para o seu filho Pedro II do Brasil, e impõe-se, pela força. As derrotas sucessivas de D. Miguel iriam forçá-lo a desistir da luta no compromisso de Évora-Monte, e permitir a restauração da Carta Constitucional de 1826 e do trono de D. Maria II.
[editar] Primeira República Ver artigos principais: Proclamação da República Portuguesa, Governo Provisório da República Portuguesa. O Republicanismo acentuou-se de tal forma na primeira década do século XX que em 1 de Fevereiro de 1908 se dá o regicídio. Quando regressavam de Vila Viçosa, o Rei D. Carlos e o seu filho mais velho, o príncipe herdeiro D. Luis Filipe, foram assassinados no Terreiro do Paço (Praça do Comércio), em Lisboa. A 3 de Outubro de 1910 estalava uma revolta que provocaria a deposição de D. Manuel II e a criação da República Portuguesa. Constituía-se o primeiro Governo Provisório, encabeçado por Teófilo Braga, naquele que ficou conhecido como o primeiro momento do período das Três Repúblicas.
[editar] A ditadura e o Estado Novo Ver artigos principais: Salazarismo, Estado Novo. António de Oliveira Salazar.Por volta de 1928 tornara-se premente a situação financeira do Estado português. Nesse ano foi chamado ao governo um professor de Finanças da Universidade de Coimbra, António de Oliveira Salazar, que teria os destinos de Portugal nas suas mãos durante as próximas quatro décadas.
O seu pensamento político rejeitava o comunismo, mas também as tradições do liberalismo político e económico. Profundamente conservador e nacionalista, alimentava uma nostalgia pelo meio rural, considerado ideal.
Em 1932 Salazar passa a acumular o cargo de ministro das Finanças, com o de presidente do Conselho de Ministros para o qual é nomeado. A partir daqui dedica-se a montar as estruturas do novo regime político, caracterizado pela existência de um único partido (a União Nacional), por um sistema económico regulador da economia (condicionalismo industrial) e pelo antiparlamentarismo.
Em 1933, entrou em vigor a nova Constituição Portuguesa. De cariz presidencialista, admitia a existência de uma Assembleia Nacional e de uma Câmara Corporativa composta por elementos ligados às profissões. Na prática, o presidente da República foi uma figura apagada, a Assembleia Nacional foi ocupada por apoiantes do regime e o poder concentrou-se na figura de Salazar.
Os antigos partidos políticos portugueses desaparecem, com excepção do Partido Comunista Português (fundado em 1921), cujos dirigentes foram duramente perseguidos pela polícia política (PVDE e depois, PIDE). A censura, restabelecida em 1926, foi consolidada e todas as greves proibidas. Em 1936 o regime cria a Mocidade Portuguesa, cujo propósito era incutir à juventude do país as ideias do regime.
Durante a Segunda Guerra Mundial Portugal manteve-se neutro no conflito, tendo beneficiado com a venda de volfrâmio, usado para o fábrico de material bélico. Em 1949 Portugal ingressa na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN/NATO) e em 1955 na Organização das Nações Unidas.
Nos anos sessenta Portugal registou um forte fenómeno de emigração. Os destinos principais dos portugueses, motivados pelo desejo por melhores condições de vida, foram a França e a Alemanha Ocidental.
A Operação Vagô envolveu o desvio de um avião entre Casablanca e Lisboa, na 10 de Novembro de 1961. Foi a primeira acção do género no Mundo e serviu para distribuir panfletos anti-salazaristas. No dia 19 de Dezembro de 1961 tropas da Índia invadem os territórios portugueses de Goa, Damão e Diu. No mesmo ano estala a guerra de indepedência em Angola.
[editar] Guerra do Ultramar Embarque de tropas portuguesas.Ver artigo principal: Guerra colonial portuguesa No contexto político-social do pós-Segunda Guerra Mundial, em que subsistiam os princípios de autodeterminação e independência, as colónias em todo o Mundo revoltavam-se contra os colonizadores, exigindo a independência, ou uma forma de governo equiparável à metrópole. As possessões portuguesas, agora designadas províncias ultramarinas não foram excepção, e entre 1961 e 1964 estalam uma série de tumultos violentos contra as forças coloniais portuguesas exigindo a libertação dos povos. Primeiro em Angola, depois na Guiné Portuguesa e Cabo Verde, e em 1964 em Moçambique, dava-se início ao um conflito armado que ficou conhecido na historiografia portuguesa como Guerra do Ultramar, e na historiografia das antigas colónias como Guerra de Libertação. A insustentabilidade de uma guerra de três frentes (desprezando Timor Português, cuja distância tornou inviável a intervenção portuguesa), aliado a um contexto político-social ditatorial, fariam o país revoltar-se contra o governo e, num movimento apoiado pelas Forças Armadas, libertava-se o país do regime opressor que se vivia, com a designada Revolução dos Cravos.
[editar] Revolução dos Cravos Manifestação do 25 de Abril de 1983 na cidade do Porto.Ver artigo principal: Revolução dos Cravos Numa conspiração militar, o Exército Português consegue ser bem sucedido num golpe de estado que, por não ser violento, se tratou de designar historiograficamente de Revolução dos Cravos e que ocorreu no dia 25 de Abril de 1974. Os dirigentes do movimento (os "Capitães de Abril"), assumiram como prioridades o fim da polícia política, o restabelecimento da liberdade de expressão e pensamento, o reconhecimento dos partidos políticos existentes ou a criar e a negociação com os movimentos de independência das colónias.
O poder seria assumido pela Junta de Salvação Nacional, constituída por militares, órgão que seria substituído pelo Conselho da Revolução (1975-1982). António de Spínola foi designado Presidente da República, tendo entrado em funcionamento o primeiro de uma série de governos provisórios, presidido por Palma Carlos.
No dia 11 de Março de 1975 o país viveu a ameaça de um golpe de estado direitista encabeçado por militares próximos a Spínola, que entretanto, descontente com aquilo que consideravam ser uma deriva esquerdista na vida política nacional tinha partido para Espanha. No mesmo dia o governo provisório tomou medidas socialistas na economia, decretando a nacionalização da banca e dos seguros.
No dia 25 de Abril de 1975, passado justamente um ano sobre a revolução, realizaram-se as primeiras eleições democráticas, cujo objectivo era formar uma Assembleia Constituinte que elaborasse uma constituição para o país. Essa constituição seria promulgada no dia 2 de Abril de 1976 e é a constituição que rege Portugal até hoje, apesar de ter sido revista em várias ocasiões.
[editar] III República Ver artigo principal: Terceira República Portuguesa A Terceira República Portuguesa é o período da história de Portugal que corresponde ao actual regime democrático implantado após a Revolução dos Cravos do dia 25 de Abril de 1974, que pôs um fim ao regime autoritário do Estado Novo. Foi caracterizado inicialmente por constante instabilidade e possibilidade de guerra civil durante os primeiros anos pós-revolucionários. Foi elaborada uma nova constituição, a censura foi proibida, a liberdade de expressão garantida, os prisioneiros políticos libertos e as maiores instituições do Estado Novo foram extintas. Subsequentemente foi concedida às colónias africanas a independência.
O I Governo Constitucional de Portugal teve o seu início a 23 de Setembro de 1976, sob a chefia de Mário Soares. As primeiras eleições democráticas para a presidência da República foram realizadas por sufrágio directo. Venceu Ramalho Eanes, um dos oficiais do Grupo dos Nove. A 12 de Novembro do mesmo ano realizaram-se as primeiras eleições autárquicas. Passam a funcionar todas as instituições democráticas. Portugal entra para o Conselho da Europa, iniciando o processo de abertura do país que levou à adesão de Portugal à CEE (actual União Europeia) em 1986.
Para aderir à União Europeia Portugal saiu de EFTA em 1986.[5] Em 1999, Portugal aderiu à Zona Euro,[6] e ainda nesse ano, entregou a soberania de Macau à República Popular da China.[7] Desde a sua adesão à União Europeia, o país presidiu o Conselho Europeu por três vezes, a última das quais em 2007, recebendo a cerimónia de assinatura do Tratado de Lisboa.[8]
Ela entrega | |
| | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:58 pm | |
| - Spoiler:
No século III a.C. os Romanos penetraram na Península Ibérica no contexto da Segunda Guerra Púnica que mantiveram contra Cartago. Foram anexadas duas regiões da Península Ibérica por Roma como províncias das Hispânias (a Citerior e a Ulterior). Entre 209 e 169 a.C., o exercito romano levou para Roma cerca de 4 toneladas de ouro e 800 toneladas de prata que obtiveram como espólio de guerra retirado dos tesouros das tribos nativas.[3] A exploração mineira, como a das Três Minas ,das maiores do mundo romano, que terá iniciado no tempo de Augusto (27 a.C.- 14 d.C.),ou das minas do campo de Jales ou da Gralheira[4] era um dos principais factores económicos para o interesse romano na região.
A Citerior foi subjugada e ocupada com relativa facilidade, mas a anexação da Ulterior) só se tornou efectiva muito depois. A conquista total da península pelos Romanos só ocorreu no tempo do imperador Augusto.
Viriato, o líder lusitano, conseguiu conter a expansão romana durante alguns anos, fazendo com que fosse dos últimos territórios a resistir à ocupação romana da Península Ibérica. Erigindo-se em chefe dos Lusitanos após escapar a uma matança perpetrada à traição pelo romano Galba, uniu à sua volta um número crescente de tribos e travou uma guerra incansável contra os invasores. Perito em tácticas de guerrilha e em iludir o adversário, derrotou sucessivamente os vários generais romanos enviados contra ele. No auge da sua carreira, o Senado reconheceu-o e declarou-o "amigo do povo romano". Não obstante, seria morto à traição (140 a.C.) por três companheiros de armas comprados pelos romanos. Desprovidos de chefe, os Lusitanos sujeitaram-se ao jugo romano, mas por pouco tempo. Na sequência das guerras civis, o general romano Sertório, da facção derrotada, foi convidado pelos Lusitanos a chefiá-los contra Roma. Excelente general, derrotou mais uma vez todos os generais enviados contra ele, incluindo o célebre Pompeu. Sertório era um hábil e carismático político. Perpena, um outro general romano que se lhe juntou, veio a assassiná-lo traiçoeiramente. A partir daí, a romanização do território que viria a ser português prosseguiu sem dificuldades de maior para Roma.
Os Romanos deixaram um importante legado cultural naquilo que é hoje Portugal, nos costumes, na arte, na arquitectura, na rede viária e nas pontes, algumas das quais servem até aos nossos dias, como a de Trajano sobre o rio Tâmega em Chaves (Aquae Flaviae) ou a de Vila Formosa (Alter do Chão), mas pouco terão contribuido para a composição étnica portuguesa actual. Uma variante do Latim (Latim Vulgar) passou a ser o idioma dominante da região. Surgiram novas cidades e desenvolveram-se outras, segundo o modelo habitual de colonização romana. No fim do século I a.C. o imperador Augusto criou a província da Lusitânia, que correspondia a grande parte do actual território português, embora não à sua totalidade, já que as terras a norte do rio Douro integravam a Tarraconense. Em 74 D.C. o imperador Vespasiano concedeu o "direito latino" (equiparação aos municípios da Itália) a grande parte dos municípios da Lusitânia, datando dessa época um importante surto urbano. Difundiu-se também a cidadania romana, que viria a ser atribuída a todos os súbditos (livres) do império pela chamada Constituição Antoniniana, ou édito de Caracala (212 D.C.). Em finais do século III d.C. o imperador Diocleciano subdividiu a Tarraconense em outras províncias, entre as quais se achava a Callaecia, que integrava o norte do actual Portugal, a Galiza e as Astúrias. Durante o Império Romano o Cristianismo difundiu-se em toda a Hispânia, pelo menos a partir do século III. Em 409 d.C., os chamados povos bárbaros, compostos principalmente por Suevos (Quados e Marcomanos), Vândalos (Silingos e Asdingos) e Visigodos, todos de origem germânica, além dos Alanos, de origem persa, fixam-se na Hispânia. Em 411 estes povos dividem entre si o território: os Vândalos Asdingos ocuparam a Galécia, os Suevos, a região a norte do Douro, enquanto os Alanos ocuparam as províncias da Lusitânia e a Cartaginense, e os Vândalos Silingos, a Bética.
Algum tempo depois, ocorre a entrada dos Visigodos na península ao serviço do Império Romano e com o objectivo de subjugar os anteriores invasores. De todos estes povos, os Suevos e os Visigodos seriam aqueles que teriam uma presença mais duradoura no território que é hoje Portugal. Estabelecendo a capital do seu reino em Braga, os Suevos dominam um território que também inclui a Galiza e chegam a dominar a parte ocidental da Lusitânia. Estabelecidos na condição de federados do Império Romano, os Suevos eram pagãos, tendo sido evangelizados por S. Martinho de Dume e convertidos ao catolicismo. A partir de 470 crescem os problemas do reino suevo com o vizinho reino visigodo. Em 585 o rei visigodo Leovigildo toma Braga e anexa o reino suevo. A partir daqui toda a Península Ibérica fica unificada sob o reino visigodo (com excepção de algumas zonas do litoral sul e levantino, controladas pelo Império Bizantino) até à queda deste reino em 711. A estabilidade interna deste reino foi sempre difícil, pois os visigodos eram arianos, enquanto a maioria da população era católica. Recaredo, convertendo-se ao catolicismo, facilitou a união das duas populações; mas questões dinásticas reacenderam os conflitos e vieram a estar na origem do colapso final.
Os povos bárbaros eram numericamente inferiores à população hispano-romana, pelo que foram obrigados à miscigenação étnica e cultural com esta. Muitas cidades foram destruídas durante este período e verificou-se uma ruralização da vida económica. Em 711 a Península Ibérica foi invadida pelos muçulmanos do Norte de África (basicamente Berberes com alguma componente de Árabes). Estes dominaram partes da península por mais de cinco séculos: inicialmente sobre o controlo do Califado de Damasco, como uma província do império omíada, o Al-Andalus, mais tarde sob a forma de um emirado e califado e, devido ao colapso deste, em pequenos reinos (taifas) com autonomias características. Durante estes séculos, nas Astúrias, a única região que resistiu à invasão árabe, desenvolvia-se um movimento de reconquista da Península, culminando no fim do poder político islâmico nesta com a tomada de Granada pelos Reis Católicos (1492). A esta altura, já o reino de Portugal estava formado, soberano e completo e, talvez por isso, o país explorava o além-mar, em parte sob o pretexto do espírito das Cruzadas, para difundir o Cristianismo. Os muçulmanos que não foram expulsos ou mortos durante o processo de reconquista, tiveram de aderir aos costumes locais (incluindo o Cristianismo). Não se sabe ao certo o grau existente de mescla com estes berberes na população portuguesa actual, mas há um consenso de que esta mescla existe.
| |
| | | Fenrir Senpai Fenrir
Mensagens : 13514 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 28 Localização : Reino Ametista
Ficha do personagem Nome: Nome do grupo: Poder:
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 3:59 pm | |
| - Spoiler:
A História da Europa descreve a passagem do tempo desde os primeiros humanos que habitaram o continente europeu até a atualidade. A primeira evidência do Homo sapiens na Europa data de 35 000 a.C.[1] O relato mais antigo feito sobre o continente é a Ilíada, de Homero, da Antiga Grécia, que data de 700 a.C.[2] A república romana foi estabelecida em 509 a.C., e usurpada pelo Novo Império de Otaviano na metade do primeiro século.[3] A religião cristã foi adotada no século IV[4]. Confrontado com ataques bárbaros e a praga, o Império foi dividido entre Leste e Oeste,[5] e a Idade Média se instalou no coração da Europa Ocidental. O Império Bizantino manteve a luz da civilização queimando no Leste. A Igreja Oriental e Ocidental confrontaram-se por séculos sobre o meio de governo eclesiástico[6], provocando o cisma em 1054, que aconteceu em seguida à divisão anterior de 451, e foi prosseguida das Cruzadas do oeste para recuperar o leste da Invasão dos Muçulmanos. A sociedade feudal começava a ruir enquanto os invasores mongóis carregavam a peste negra[7] com eles. Os muros de Constantinopla caem em 1453,[8] e ainda o Novo Mundo é descoberto em 1492, por iniciativa de Portugueses e Espanhóis. A Europa acorda do período medieval através do redescobrimento do ensinamento clássico. A Renascença foi seguida da Reforma Protestante, do frade alemão Martinho Lutero, que atacou a autoridade papal. A guerra dos 30 anos,[9] o Tratado de Vestfália e a revolução Gloriosa deram a base para uma nova era de expansão e o Iluminismo.
A revolução industrial, começando na Grã-Bretanha, permitiu às pessoas, pela primeira vez, não dependerem mais de material de subsistência.[10] O recente Império Britânico dividiu-se assim como suas colônias na América revoltadas para estabelecer um governo representativo. Uma mudança política na Europa aconteceu a partir da Revolução Francesa, quando as pessoas gritavam "Liberté, Egalité, Fraternité". O líder francês seguinte, Napoleão Bonaparte, conquistou e reformou a estrutura social do continente através de guerras até 1815. Quanto mais e mais donos de pequenas propriedades ganhavam poder de voto, na França e no Reino Unido, a atividade socialista e dos sindicatos desenvolveu-se e a revolução se instalou na Europa em 1848. Os últimos vestígios de servidão foram abolidos da Áustria-Hungria no mesmo ano. A servidão russa foi abolida em 1861.[11] As nações balcânicas começaram a ganhar suas independências do Império Otomano. Depois da Guerra Franco-Prussiana, o Reino de Itália e o Império Alemão foram formadas de grupos de principados em 1870 e 1871.[12] Conflitos desencadearam-se ao redor do globo, em uma série de impérios, até que a procura do lugar ao sol acabou com o início da Primeira Guerra Mundial. No desespero da guerra, a Revolução Russa prometia ao povo "paz, pão e terra". Além de humilhada com o Tratado de Versalhes, a Alemanha tem sua economia destruída com a grande depressão e uma nova grande guerra. Com a vitória do capitalismo e do comunismo sobre o fascismo, começou uma nova ordem mundial conhecida como guerra fria. A Europa Ocidental formou uma área de livre comércio, dividida pela Cortina de Ferro da União Soviética. Quando o muro de Berlim caiu em 1989, a Europa assinou um novo tratado de união, que em 2007, compreendia 27 países europeus.
Os Homo erectus e os Neanderthalis habitavam a Europa bem antes do surgimento dos humanos modernos, os Homo sapiens.[14] Os ossos dos primeiros europeus foram achados em Dmanisi, Geórgia, e datados de 1,8 milhões de anos.[15] O primeiro aparecimento do povo anatomicamente moderno na Europa é datado de 35 000 a.C.[16] Evidências de assentamentos permanentes datam do 7° milênio a.C. na Bulgária, Romênia e Grécia.[16] O período neolítico chegou na Europa central no 6° milênio a.C. e em partes da Europa Setentrional no 5° e 4° milênio a.C. A civilização Tripiliana (5508-2750 a.C.) foi a primeira grande civilização da Europa e uma das primeiras do mundo; era localizada na Ucrânia moderna e também na Moldávia e Romênia. Foi provavelmente mais antiga que os Sumérios no Oriente Próximo, e tinha cidades com 15 000 habitantes que cobriam 450 hectares.[17]
Começando no Neolítico, tem-se a civilização de Camunni no Val Camonica, Itália, que deixou mais de 350 000 petróglifos, o maior sítio arqueológico da Europa.
Também conhecido como Idade do Cobre, o Calcolítico europeu foi um tempo de mudanças e confusão. O fato mais relevante foi a infiltração e invasão de imensas partes do território por povos originários da Ásia Central, considerado pelos principais historiadores como sendo os originais indo-europeus, mas há ainda diversas teorias em debate. Outro fenômeno foi a expansão do Megalitismo e o aparecimento da primeira significante estratificação econômica e, relacionado a isso, as primeiras monarquias conhecidas da região dos Balcãs.[14] A primeira civilização bem conhecida da Europa foi as do Minóicos da ilha de Creta e depois os Micenas em adjacentes partes da Grécia, no começo do segundo milênio a.C.[14]
Embora o uso do ferro fosse de conhecimento dos povos egeus por volta de 1100 a.C., não chegou à Europa Central antes de 800 a.C., levando ao início da Cultura de Hallstatt, uma evolução da Idade do Ferro (que até então se encontrava na Cultura dos Campos de Urnas). Provavelmente como subproduto desta superioridade tecnológica, pouco depois os indo-europeus consolidam claramente suas posições na península Itálica e na península Ibérica, penetrando profundamente naquelas penínsulas (Roma foi fundada em 753 a.C.). [editar] Mundo Clássico
Consulte também: Idade Antiga Ver artigo principal: Antiguidade Clássica
Expansão romana por etapas, de 264 a.C. a 180 d.C.
Os gregos e romanos deixaram um legado na Europa que é evidente nos pensamentos, leis, mentes e línguas atuais. A Grécia Antiga foi uma união de cidades-estado, na qual uma primitiva forma de democracia se desenvolveu. Atenas foi sua cidade mais poderosa e desenvolvida, e um berço de ensinamento nos tempos de Péricles. Fóruns de cidadãos aconteciam e o policiamento do estado deu ordem ao aparecimento dos mais notáveis filósofos clássicos, como Sócrates, Platão e Aristóteles. Como rei do Reino Grego da Macedônia, as campanhas militares de Alexandre o Grande espalharam a cultura Helenística e os ensinamentos até as nascentes do rio Indo. Mas a república romana, alicerçada pela vitória sobre Cartago nas Guerras Púnicas, estava crescendo na região. A sabedoria grega passada às instituições romanas, assim como a própria Atenas foi absorvida sob a bandeira do senado e do povo de Roma. Os romanos expandiram seu império desde a Arábia até a Britânia. Em 44 a.C. quando atingiu o seu ápice, seu líder, Júlio César foi morto sob suspeitas de estar corrompendo a república para se tornar um ditador. Na sucessão, Otaviano assumiu o poder, embora tenha mantido as instituições republicanas, inclusive o senado romano. Quando proclamou o renascimento da república ele, de fato, transferiu o poder do senado romano quando república para um império, o Império Romano. [editar] Grécia Antiga
Ver artigos principais: Grécia Antiga e Período Helenístico.
Um mosaico mostrando Alexandre III da Macedónia lutando contra Dário III da Pérsia.
A civilização helênica tinha a forma de um conjunto de cidades-estado, ou pólis (as mais importantes eram Atenas, Esparta, Tebas, Corinto e Siracusa), tendo diferentes tipos de governo e culturas, incluindo o desenvolvimento de filosofias, ciências, matemática, políticas, esportes, teatro e música. Atenas, a cidade-estado mais poderosa, era governada com um tipo primitivo de democracia direta fundada pelo nobre ateniense Clístenes. Na democracia ateniense, os cidadãos votavam neles mesmo para cargos executivos e legislativos. Na Grécia também surgiu Sócrates, considerado um dos fundadores da filosofia ocidental.[18] Sócrates também criou o método socrático, um tipo de pedagogia usada até hoje no aprendizado filosófico, na qual uma série de questões é feita não apenas para obter respostas individuais, mas também para encorajar a compreensão fundamental dos problemas. Devido a essa filosofia, Sócrates foi condenado à morte por estar "corrompendo a juventude" ateniense com suas discussões que entravam em conflito com as crenças religiosas da época. Platão, um pupilo de Sócrates e fundador da Academia Platônica, escreveu sobre esse episódio em suas escrituras, e desenvolveu sua própria filosofia, o Platonismo. O Partenon, um antigo templo da acrópole, caiu sob o domínio de Roma em 176 a.C.
As cidades-estado helênicas fundaram um grande número de colônias nas costas do Mar Negro e no Mar Mediterrâneo, Ásia Menor, Sicília e no sul da península Itálica (Magna Grécia), mas no século V a.C., sua expansão rumo ao leste levou a uma retaliação do Império Persa Aquemênida. Nas guerras greco-persas, as cidades-estado helênicas formaram uma aliança e derrotaram o Império Persa na Batalha de Plateias, afastando os invasores. Os gregos formaram a Confederação de Delos para continuar lutando contra a Pérsia, mas a posição de Atenas como líder desta liga levou Esparta a criar a rival Liga do Peloponeso. As duas ligas começaram então a Guerra do Peloponeso pela liderança da Grécia, sendo a Liga do Peloponeso vitoriosa. Descontente com a hegemonia espartana sobre a Grécia deu-se início a Guerra Corintiana, onde uma aliança liderada por Tebas bateu Esparta na batalha de Leuctra. As contínuas batalhas helênicas tornaram a Grécia alvo fácil para o rei Filipe II, que uniu Macedônia e Grécia sob o mesmo domínio. As campanhas de seu filho Alexandre, o Grande espalharam a cultura grega pela Pérsia, Egito e Índia, mas também permitiu o contato com os antigos ensinamentos desses países, abrindo uma nova era de desenvolvimento, conhecido como Helenismo. Alexandre morreu em 323 a.C., decompondo o seu império em diversas civilizações helenísticas. [editar] A ascensão de Roma
Ver artigos principais: Roma Antiga, República Romana e Império Romano.
Cícero dirige-se ao Senado Romano para denunciar a conspiração de Catilina sobre a república, por Cesare Maccari.
Muito do ensinamento grego foi assimilado pelo então novo Estado romano, assim que ele se espalhou pela península Itálica, aproveitando-se da vantagem da não união de seus inimigos: o único desafio real da ascendente Roma foi a colônia fenícia de Cartago, e sua derrota no fim do século III a.C. marcou o início da hegemonia romana. Primeiro governado por reis, depois por uma república senatorial (a República Romana), Roma finalmente tornou-se um império no fim do século I a.C., sob Augusto e seus sucessores autoritários. O Império Romano teve seu centro no Mar Mediterrâneo, controlando todos os países margeados por ele; o limite norte do território era marcado pelos rios Reno e Danúbio. Sob o imperador Trajano (século II), o império alcançou o máximo de sua expansão territorial, controlando aproximadamente 5.900.000 km², incluindo a Britânia, Romênia e partes da Mesopotâmia. O império trouxe paz, civilização e um eficiente governo centralizado para os territórios dominados, porém no século III uma série de guerras civis começaram a ameaçar sua força econômica e social. No século IV, os imperadores Diocleciano e Constantino I foram capazes de diminuir o processo de declínio dividindo o império em uma parte Ocidental e outra Oriental. Diferentemente de Diocleciano, que condenava ferozmente o cristianismo, Constantino declarou o fim da perseguição dos cristãos em 313 com o Édito de Milão, prosseguindo assim com a oficialização do cristianismo como religião oficial do império. [editar] Idade Média
Ver artigos principais: Invasões Bárbaras, Idade Média e Baixa Idade Média.
Em 526, a Europa sob domínio gótico, e em 600 com Bizâncio no seu ápice.
Quando o imperador Constantino derrotou Magêncio e conquistou Roma sob a bandeira da Cruz em 312, ele rapidamente editou o Édito de Milão em 313, declarando legal o cristianismo no Império Romano. Além disso, Constantino mudou oficialmente a capital do império, Roma, para a colônia grega de Bizâncio, que ele renomeou para Constantinopla ("Cidade de Constantino"). Teodósio I, que tornou o cristianismo religião oficial do Império Romano, foi ser o último imperador a comandar o Império Romano em toda a sua unidade, que depois de sua morte, em 395), foi dividido em duas partes: O Império Romano do Ocidente, centrado em Ravenna, e o Império Romano do Oriente (depois referido pela historiografia como Império Bizantino) centrado em Constantinopla. A parte ocidental foi seguidamente atacada por tribos nômades germânicas, e em 476 finalmente caiu sob a invasão dos Hérulos comandados por Odoacro.
A autoridade romana no Oeste entrou em colapso e as províncias ocidentais logo tornaram-se pedaços de reinos germânicos. Entretanto, a cidade de Roma, sob o comando da Igreja Católica Romana permaneceu como um centro de ensino, e fez muito para preservar o pensamento clássico romano na Europa Ocidental.[14] Nesse meio-tempo, o imperador romano em Constantinopla, Justiniano I, conseguiu com sucesso, montar toda a lei romana no Corpus Juris Civilis (529-534). Por todo o século VI, o Império Romano do Oriente esteve envolvido em uma série de conflitos sangrentos, primeiro contra o Império Persa dos Sassânidas, depois pelo Califado Islâmico (Dinastia Omíada). Em 650, as províncias do Egito, Palestina e Síria foram perdidas para forças muçulmanas.
Na Europa Ocidental, uma estrutura política surgia: no vácuo do poder deixado pelo colapso de Roma, hierarquias locais foram construídas sob a união das pessoas nas terras que eram trabalhadas. Dízimos eram pagos ao senhor da terra, e este senhor devia tributos ao príncipe regional. Os dízimos eram usados para financiar o estado e as guerras. Esse foi o sistema feudal, no qual novos príncipes e reis apareceram, no qual o maior deles foi o líder franco Carlos Magno. Em 800, Carlos Magno, após suas grandes conquistas territoriais, foi coroado Imperador dos Romanos ("Imperator Romanorum") pelo Papa Leão III, afirmando efetivamente seu poder na Europa Ocidental. O reinado de Carlos Magno marcou o começo de um novo império germânico no oeste, o Sacro Império Romano. Além de suas fronteiras, novas forças estavam crescendo. O Principado de Kiev estava delimitando seu território, a Grande Morávia estava crescendo, enquanto os anglos e os saxões estavam confirmando suas fronteiras. [editar] Uma luz bizantina
Ver artigo principal: Império Bizantino
Constantino I e Justiniano I oferecendo sua fidelidade para a Virgem Maria dentro da Hagia Sophia.
O imperador Constantino I (reinante entre 306-337) é considerado o primeiro imperador bizantino. Foi ele que mudou a capital do império em 324 de Nicomédia para Bizâncio, refundada como Constantinopla, ou "Nova Roma".[19] A cidade de Roma não servia como capital desde o reinado de Diocleciano.[20] Alguns consideram o começo do império no reino de Teodósio I (379-395) quando o cristianismo substituiu a religião pagã romana, ou sua posterior morte em 395, quando a divisão política entre leste e oeste se tornou permanente. Outros ainda colocam 476 como o início, quando Rômulo Augusto, tradicionalmente considerado como o último imperador, foi deposto, deixando a única autoridade imperial no Leste. Outros apontam ainda para a reorganização do império nos tempos de Heráclio quando os usos e títulos latinos foram oficialmente trocados pelas suas versões gregas. Em todo caso, a mudança foi gradual desde 330, quando Constantino inaugurou a nova capital, o processo de helenização e a crescente cristianização estavam acontecendo. O império é geralmente dado como acabado com a queda de Constantinopla frente aos turco-otomanos em 1453, o que também foi considerado pela historiografia como o fim da Idade Média.[21]
A praga de Justiniano foi uma pandemia que afetou o Império Bizantino, incluindo sua capital, Constantinopla, nos anos de 541 e 542. Estima-se que a praga matou mais de 100 milhões de pessoas em todo o mundo.[22][23] Causou também a queda da população européia em 50% entre 541-700.[24] e também deve ter contribuído para o sucesso das conquistas árabes.[25] [editar] O crescimento do sistema feudal
Ver artigos principais: Sacro Império Romano Germânico, Carlos Magno, Califado de Córdoba, Grande Morávia e o Principado de Kiev.
Em 814 o Império Franco alcançou o seu ápice, enquanto Bizâncio enfrentava a expansão islâmica. Papa Adriano I pede ajuda a Carlos Magno, rei dos Francos, contra a invasão de 772.
O Sacro Império Romano Germânico surgiu no ano 800,[26] quando Carlos Magno, rei dos Francos, foi coroado pelo papa como imperador. Seu império, baseado na moderna França, Países Baixos e Alemanha, expandiu-se para os atuais territórios de Hungria, Itália, Boêmia, Baixa Saxônia e Espanha. Ele e seu pai receberam uma substancial ajuda de uma aliança com o papa, que pediu ajuda contra os lombardos. O papa era oficialmente um vassalo do Império Bizantino, mas o imperador bizantino nada podia fazer contra os lombardos.
No leste, o Império Búlgaro foi estabelecido em 681 e tornou-se o primeiro país eslavo.[27] O poderoso Império Búlgaro foi o principal rival de bizâncio no controle dos Balcãs por séculos e desde o século IX tornou-se o centro cultural da europa eslava.[28] Dois estados, a Grande Morávia e o Principado de Kiev emergiam respectivamente dentre os eslavos ocidentais e orientais ainda no século IX.[27] No final do mesmo século e no seguinte, o norte e o oeste da europa perderam seu crescente poder e influência para os vikings que invadiram, conquistaram e se estabeleceram rápida e eficientemente com seus avançados barcos de guerra, que já eram tão avançados como caravelas.[14] Os húngaros pilharam os principais territórios da Europa, enquanto os pechenegues invadiram a Europa Oriental e os árabes o sul. No século X reinos independentes foram estabelecidos na Europa Central, por exemplo, a Polônia e o Reino da Hungria.[14] Nisso os húngaros pararam com as suas campanhas devastadoras e relevantes nações como a Croácia e a Sérvia surgiram nos Balcãs. O período seguinte, que acabou por volta do ano 1000, viu o crescimento do feudalismo, que enfraqueceu o Sacro Império Romano Germânico.[14] [editar] Alto feudalismo
Ver artigos principais: Idade Média e Alta Idade Média.
Em 1097, começa a primeira Cruzada para a Terra Santa.
A adormecida era medieval foi sacudida pela crise na Igreja. Em 1054 um cisma acontece entre os dois centros cristãos remanescentes, em Roma e Constantinopla. [editar] A Igreja dividida
Ver artigos principais: Cisma do Oriente e Invasão Normanda.
A Tapeçaria de Bayeux mostra a Batalha de Hastings e os eventos que levaram a ela.
Do século V ao XI foram numerosas as rupturas seguidas de reconciliação entre as igrejas do Ocidente e Oriente[6]. O principal conflito era o método de governo da Igreja, enquanto o Oriente sustentava a Igreja como uma Pentarquia dentro do Império Bizantino, comandada pelos patriarcas de suas cinco cidades mais importantes: Roma, Constantinopla, Alexandria, Antioquia e Jerusalém[29]; no Ocidente os Papas, invocavam jurisdição sobre todos os assuntos da Igreja e o direito de julgar até mesmo os patriarcas[30], em cerca de 446 o Papa Leão I tinha expressamente reivindicado autoridade sobre toda a Igreja: "O cuidado da Igreja universal, deve convergir para a cadeira de Pedro, e nada deve ser separado de sua cabeça".[31][32]
Desde a metade do século VIII, as fronteiras do Império Bizantino enfrentavam uma eminente expansão islâmica. Antioquia voltou ao controle bizantino por volta de 1045, mas o ressurgente poder dos sucessores romanos no ocidente passou a postular por seus direitos e sua autoridade nos lugares perdidos na Ásia e África. Então, em 1054 os legados romanos do Papa Leão IX, viajaram para Constantinopla para insistir no reconhecimento da primazia papal,[33] o patriarca de Constantinopla se recusou a reconhecer sua autoridade[34] e se excomungaram mutuamente,[33] posteriormente a separação entre Ocidente e Oriente se desenvolveu quando todos os outros patriarcas orientais apoiaram Constantinopla,[35] no evento do Grande Cisma.
Mudanças posteriores ocorreram com uma redivisão da Europa. Guilherme o Conquistador, duque da Normandia, invadiu a Inglaterra em 1066. A conquista normanda foi crucial na história inglesa por diversas razões. Essa conquista aproximou a Inglaterra da Europa continental com a introdução da aristocracia normanda e, portanto, diminuindo a influência escandinava. Assim criou-se uma das mais poderosas monarquias europeias em um sofisticado sistema governamental. [editar] Guerras santas
Ver artigos principais: Cruzadas, Reconquista e Carta Magna.
Adhémar de Monteil carregando a Lança Sagrada em uma das batalhas da Primeira Cruzada.
Depois do Grande Cisma do Oriente, a cristandade ocidental foi adotada nos recém-criados reinos da Europa Central: Polônia, Reino da Hungria e o Reino da Boêmia. A Igreja Católica tornou-se muito poderosa, levando a guerras entre o papa e o imperador. Em 1129, a Igreja Católica estabeleceu o uso da Inquisição para conservar o domínio sobre o Ocidente católico. A Inquisição punia todos aqueles que praticavam a heresia para fazer eles se arrependerem e se converterem. Caso não o fizessem, a punição seria a morte. Durante este tempo muitos senhores e nobres se converteram ao cristianismo.[14] Os Monges de Cluny batalharam para instituir a igreja onde nobres não o faziam. O Papa Gregório VII continuou o trabalho dos monges com mais dois objetivos alcançados, libertar a igreja do controle de reis e nobres e aumentar o poder do papa. A área de influência da Igreja aumentou enormemente devido às conversões de reis pagãos (Escandinávia, Lituânia, Polônia e Hungria) à reconquista da Andaluzia e às Cruzadas. A maior parte da europa era católica no século XV.
Sinais do renascimento da civilização na Europa ocidental começaram a aparecer já no século XI com o início do comércio ainda na península Itálica,[14] levando a um crescimento cultural e econômico de cidades-estado independentes como a República de Veneza e a República Florentina; no mesmo tempo estados-nação começaram a formar-se como França, Inglaterra, Espanha e Portugal, mas o processo de formação, em geral, demorou séculos. Esses recém criados estados-nação começaram a se comunicar com seus idiomas culturais, ao invés do tradicional Latim. Figuras notáveis do movimento incluem Dante Alighieri e Cristina de Pisano (nascida Christina da Pizzano), primeiro escritora em italiano, que depois de sua mudança de Veneza para a França, escreveu em francês.[14] Por outro lado, o Sacro Império Romano-Germânico, essencialmente baseado na Alemanha e na península Itálica, esteve fragmentado em um conjunto de principados e pequenas cidades-estado, cuja subjugação ao imperador era apenas formal.
Durante os séculos XIII e XIV, o Império Mongol subiu ao poder. Os exércitos mongóis expandiram-se em direção ao oeste sob o comando de Batu Khan. Suas conquistas no ocidente incluíram quase toda a Rússia (salvo Novgorod, que se tornou um vassalo),[36] Kiptchak, a Hungria e a Polônia (que permaneceu como um estado autônomo). Documentos mongóis sugerem que Batu Khan estaria planejando a completa conquista dos poderes europeus remanescentes, começando com um ataque no inverno sobre a Áustria, Itália e Alemanha, quando foi chamado de volta para a Mongólia devido a morte do grande Khan Ogedei. Muitos historiadores acreditam que sua morte preveniu a conquista completa da Europa. Na Rússia entretanto, os mongóis da Horda Dourada governaram por quase 250 anos. Monges infectados com a praga pedindo a bênção de um padre. [editar] A Peste Negra
Ver artigos principais: Baixa Idade Média, Peste Negra, Lex Mercatoria, Guerra dos Cem Anos e Queda de Constantinopla.
Uma das maiores catástrofes que atingiu a Europa foi a peste negra. Diversas epidemias da peste ocorreram ao longo dos tempos, mas a pior de todas foi na metade do século XIV e estima-se que tenha matado um terço da população européia.
No começo do século XIV, o Mar Báltico tornou-se uma das rotas comerciais mais importantes. A Liga Hanseática, uma aliança entre cidades comerciais, facilitou a absorção de vastas áreas da Polônia, Lituânia e outros países bálticos para a economia europeia. Isso alimentou o crescimento de poderosos estados na Europa Oriental como Polônia, Reino da Hungria, Reino da Boêmia e a Moscóvia. O fim da Idade Média é relacionado com a queda de Constantinopla e do Império Bizantino pelos turcos otomanos em 1453. Os turcos fizeram a cidade capital do Império Otomano, que sobreviveu até 1922 e incluía Egito, Síria e grande parte dos Balcãs. As guerras otomanas na Europa, também referidas como guerras turcas, marcaram uma essencial parte da história do sudeste europeu. [editar] O despertar da Europa
Consulte também: Idade Moderna
O Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci demonstra a sua visão para o homem perfeitamente proporcional. [editar] Renascimento
Ver artigo principal: Renascimento
O Renascimento foi um movimento cultural que afetou profundamente a vida intelectual européia no seu período pré-moderno. Começando na península Itálica, e espalhando-se de norte a oeste, o renascimento durou aproximadamente 250 anos e sua influência afetou a literatura, filosofia, arte, política, ciência, história, religião entre outros aspectos de indagação intelectual.[14]
O italiano Francesco Petrarca, suposto primeiro legítimo humanista, escreveu na década de 1330: "Estou vivo agora, ainda que eu prefira ter nascido em outro tempo". Ele era um entusiasta da antiguidade romana e grega. Nos séculos XV e XVI, o contínuo entusiasmo pela antigüidade clássica foi reforçado pela ideia de que a cultura herdada estava se dissipando e de que havia um conjunto de idéias e atitudes com que seria possível reconstruí-la. Matteo Palmieri escreveu em 1430: "Agora, com certeza, todo espírito pensante deve agradecer a Deus, porque a ele foi permitido nascer em uma nova era". O renascimento fez nascer uma nova era em que aprender era muito importante.
O renascimento foi inspirado pelo crescimento dos estudos de textos latinos e gregos e a admiração da era greco-romana como uma época de ouro. Isso incitou muitos artistas e escritores a tomar emprestados exemplos gregos e romanos para suas obras, mas também existiram muitas inovações nesse período, especialmente através de artistas multifacetados tais quais Leonardo da Vinci. Muitos textos gregos e romanos ainda existiam na Idade Média europeia. Os monges copiaram e recopiaram os textos antigos e os guardaram por todo um milênio, apesar de tê-lo feito com outras intenções. Muitos outros foram descobertos com a migração de estudiosos gregos, assim como de textos gregos clássicos, para a Itália, após a queda de Constantinopla, enquanto outros textos gregos e romanos chegaram através de fontes islâmicas, que os herdaram através das conquistas, e até mesmo fazendo tentativas de melhorar alguns deles. Com o orgulho natural de pensadores avançados, os humanistas viram o ressurgimento desse grande passado como uma renascença – o renascimento da própria civilização.
Importantes precedentes políticos aconteceram neste período. O político Nicolau Maquiavel escreveu "O Príncipe" que influenciou o posterior absolutismo e a política pragmática. Também foram importantes os diversos líderes que governaram estados e usaram a arte da Renascença como um sinal de seus poderes. [editar] Reformas
Ver artigo principal: Reforma Protestante
As 95 Teses do monge alemão Martinho Lutero que quebraram a autocracia papal.
Durante esse período, a corrupção da Igreja Católica levou a uma dura reação, na Reforma Protestante.[14] E ela ganhou muitos seguidores, especialmente entre príncipes e reis buscando um estado forte para acabar com a influência da igreja católica. Figuras como Martinho Lutero começaram a surgir, assim também como João Calvino com o seu Calvinismo que teve influência em muitos países e o rei Henrique VIII da Inglaterra que rompeu com a igreja católica e fundou a Igreja Anglicana. Essas divisões religiosas trouxeram uma onda de guerras inspiradas e conduzidas religiosamente, mas também pela ambição dos monarcas na Europa Ocidental que se tornavam cada vez mais centralizadas e poderosas.
A reforma protestante também levou a um forte movimento reformista na igreja católica chamado Contra-Reforma, que tinha como objetivo reduzir a corrupção, assim como aumentar e fortalecer o dogma católico. Um importante grupo da igreja católica que surgiu nessa época foram os Jesuítas, que ajudaram a manter a Europa Oriental na linha católica de pensamento. Mesmo assim, a igreja católica foi fortemente enfraquecida pela reforma e, grande parte do continente não estava mais sob sua influência e os reis nos países que continuaram no catolicismo começaram a anexar as terras da igreja para seus próprios domínios.
Diferentemente da Europa Ocidental, os países da Europa Central, a Comunidade Polaco-Lituana e a Hungria, foram mais tolerantes. Enquanto se aumentava a predominância do catolicismo, eles ainda permitiam que um grande número de minorias religiosas cultivasse suas crenças. Assim, a Europa Central manteve-se dividida entre católicos, protestantes, ortodoxos e judeus. Outro importante acontecimento desta época foi o crescimento do sentimento de união do povo europeu. Émeric Crucé (1623) formulou a ideia do Conselho Europeu, com a intenção de acabar com as guerras na Europa; visto que a última tentativa de criar paz na Europa não obteve sucesso quando todos os países europeus (exceto a Rússia e o Império Otomano, vistos como estrangeiros) fizeram um tratado de paz em 1518 no Tratado de Londres. Muitas guerras estouraram de novo em poucos anos. A reforma proporcionou a paz impossível na Europa por muitos séculos ainda.
Outro desenvolvimento foi a idéia da superioridade europeia. O ideal de civilização foi baseado nos antigos gregos e romanos: disciplina, educação e viver em uma cidade eram requeridos para tornar o povo civilizado; europeus e não europeus eram julgados por sua civilidade. Serviços postais eram encontrados por todas as regiões, o que permitiu uma rede humanística de intelectuais interconectados pela Europa, mesmo com as divisões religiosas. Entretanto, a Igreja Católica Romana proibiu e baniu muitos trabalhos científicos promissores; isso trouxe uma vantagem aos países protestantes, onde o banimento de livros era organizado regionalmente. Francis Bacon e outros líderes da ciência tentaram criar uma unidade na Europa focando-se na unidade pela natureza. No século XV, com o fim da Idade Média, poderosos estados apareceram, construídos por novos monarcas, que centralizaram o poder na França, Inglaterra e Espanha. Por outro lado, o parlamento da Comunidade Polaco-Lituana ganhou poder, tirando os direitos legislativos do rei polonês. O poder do novo estado foi contestado por parlamentares em outros países, especialmente a Inglaterra. Novos tipos de estados surgiam com a cooperação entre governantes de terras, cidades, repúblicas de fazendas e guerreiros. [editar] A Era dos Descobrimentos
Ver artigos principais: Mercantilismo e Era dos Descobrimentos.
O porto marítimo de Villa Medici em 1638, por Claude Lorrain.
As numerosas guerras não impediram que os novos estados explorassem e conquistassem largas porções do mundo, particularmente na Ásia (Sibéria)[37] e a recém-descoberta América.[38] No século XV, Portugal liderou a exploração geográfica, seguido pela Espanha no começo no século XVI. Eles foram os primeiros estados a fundar colônias na América e estações de troca nas costas da África e da Ásia, porém logo foram seguidos pela França, Inglaterra e Holanda. Em 1552, o czar Russo Ivan, o Terrível conquistou os dois maiores khanatos tártaros, Kazan e Astrakhan, e a viagem de Yermak em 1580, que levou a anexação da Sibéria pela Rússia.
A expansão colonial prosseguiu-se nos anos seguintes (mesmo com alguns empecilhos, como a Revolução Americana e as guerras pela independência em muitas colônias americanas). A Espanha controlou parte da América do Norte e grande parte da América Central e do Sul, o Caribe e Filipinas.;[39] Portugal teve em suas mãos o Brasil e a maior parte dos territórios costeiros em África e na Ásia (Índia e pequenos territórios na China etc);[40] Os britânicos comandavam a Austrália, Nova Zelândia, maior parte da Índia e grande parte da África e América do Norte;[41] a França comandou partes do Canadá e da Índia (porém quase tudo foi perdido para os britânicos em 1763), a Indochina, grandes terras na África e Caribe; a Holanda ganhou as Índias Orientais (hoje Indonésia) e algumas ilhas no Caribe; países como Alemanha, Bélgica, Itália e Rússia conquistaram colônias posteriormente.
Essa expansão ajudou a economia dos países que a fizeram. O comércio prosperou, por causa da menor estabilidade entre os impérios. No final do século XVI, a prata americana era responsável por um quinto de todo o comércio da Espanha.[42] Os países europeus travaram guerras que foram pagas através do dinheiro conseguido com a exploração das colônias. No entanto, os lucros com o tráfico de escravos e as plantações das Índias Ocidentais, a mais rentável das colônias britânicas naquele momento, representavam apenas 5% de toda a economia do Império Britânico no final do século XVIII, tempo da Revolução Industrial. [editar] Iluminismo
Ver artigo principal: Iluminismo
A Batalha de Nördlingen na Guerra dos 30 anos.
A partir do início deste período, o capitalismo substituía o feudalismo como principal forma de organização econômica, ao menos no oeste da Europa. A expansão das fronteiras coloniais resultou em uma Revolução Comercial. Nota-se no período o crescimento da ciência moderna e a aplicação de suas descobertas em melhorias tecnológicas, que culminaram com a revolução Industrial. Descobertas ibéricas do Novo Mundo, que começaram com a jornada de Cristovão Colombo ao oeste com a busca de uma rota fácil para as Índias Orientais em 1492, foram logo adaptadas por explorações inglesas e francesas na América do Norte. Novas formas de comércio e a expansão dos horizontes fizeram necessária uma mudança no direito internacional.
A reforma protestante produziu efeitos profundos na unidade europeia. Não apenas dividindo as nações uma das outras pela sua orientação religiosa, mas alguns estados foram afetados internamente por lutas religiosas, fortemente encorajadas por seus inimigos externos. A França viveu essa situação no século XVI com uma série de conflitos, como as guerras religiosas na França, que culminaram no triunfo da Dinastia Bourbon. A Inglaterra preveniu-se desse fato com a consolidação sob a Rainha Elizabeth do moderado Anglicanismo. Quase toda parte da atual Alemanha estava dividida em inúmeros estados sob o comando teórico do Sacro Império Romano Germânico, que também estava dividido dentro do próprio governo. A única exceção a isso era a Comunidade Polaco-Lituana, uma união criada pela União de Lublin, expressando uma grande tolerância religiosa. Esse embate religioso aconteceu até a Guerra dos Trinta Anos quando o nacionalismo substituiu a religião como principal motor dos conflitos na europa.[43] Mapa da Europa em 1648, após o Tratado de Vestfália. A área em cinza representa os Estados alemães do Sacro Império Romano-Germânico.
A Guerra dos Trinta Anos aconteceu entre 1618 e 1648,[44] principalmente no território da atual Alemanha, e envolveu as principais potências européias. Começou como um conflito religioso entre Protestantes e Católicos no Sacro Império Romano Germânico, e gradualmente desenvolveu-se em uma guerra geral, envolvendo boa parte da europa, por razões não necessariamente ligadas à religião.[45] O maior impacto da guerra, na qual exércitos de mercenários foram largamente utilizados, foi a devastação de regiões inteiras na busca do exército inimigo. Episódios como a disseminação da fome e das doenças devastaram a população dos estados germânicos e, em menor grau, dos Países Baixos e da Itália, onde levaram à falência muito dos poderes regionais envolvidos. Entre um quarto e um terço da população alemã pereceu por causas diretamente ligadas à guerra ou ainda de doenças e miséria causadas pelo conflito armado.[46] A guerra durou trinta anos, mas os conflitos que ela deu início ainda continuaram sem solução por muito tempo.
Depois da Paz de Vestfália, que permitiu aos países que eles escolhessem sua orientação religiosa, o Absolutismo tornou-se o padrão do continente, enquanto a Inglaterra caminhava rumo ao liberalismo com a Guerra Civil Inglesa e a Revolução Gloriosa.[47] Os conflitos militares na europa não acabaram, mas tiveram menos impacto na vida de seus cidadãos. No noroeste, o Iluminismo deu a base filosófica para um novo ponto de vista na sociedade, e a contínua difusão da literatura foi possível com a invenção da prensa, criando novas formas de avanço do pensamento humano. Ainda, nesse segmento, a Comunidade Polaco-Lituana foi uma exceção, com sua quase democrática "liberdade dourada".
A Europa Oriental era uma arena de conflito disputada por Suécia, a Comunidade Polaco-Lituana e o Império Otomano. Nesse período observou-se um gradual declínio destes três poderes que foram eventualmente substituídos pelas novas monarquias absolutistas do Império Russo, do Reino da Prússia e da Monarquia de Habsburgo]].[48] Na virada para o século XIX, eles tornaram-se as novas potências, dividindo a Polônia entre si, com Suécia e Império Otomano perdendo territórios substanciais para o Império Russo e Monarquia de Habsburgo, respectivamente. Uma grande parte de judeus poloneses emigrou para a Europa Ocidental, fundando comunidades judaicas em lugares de onde foram expulsos durante a Idade Média. [editar] Revolução e nacionalismo
Consulte também: Século XIX
Em 1815, as fronteiras da Europa foram refeitas, quando suas raízes já haviam sido sacudidas pelos exércitos de Napoleão. [editar] Revolução Industrial
Ver artigo principal: Revolução Industrial
Céu de Chaminés de Londres em 1870, por Gustave Doré.
A Revolução Industrial foi um período compreendido entre o fim do século XVIII e o começo do século XIX, no qual ocorreram grandes mudanças na agricultura, manufatura e transporte e foi produzido um profundo efeito socioeconômico e cultural na Grã-Bretanha, que posteriormente se espalhou por toda a Europa, América do Norte, e depois para todo o mundo, em um processo que ainda continua: a Industrialização. Na parte final dos anos de 1700 a economia baseada na força manual no Reino da Grã-Bretanha começou a ser substituída por outra dominada pela indústria e pelas máquinas. Começou com a mecanização das indústrias têxteis, o desenvolvimento de técnicas avançadas de produção de ferro e o aumento do uso de carvão refinado. A expansão do comércio foi possibilitada com a introdução de canais, rodovias e auto-estradas. A introdução das máquinas a vapor (abastecidas primeiramente com carvão) e maquinaria bruta (principalmente na manufatura têxtil) deram a base para grandes aumentos na capacidade produtiva inglesa.[49] O desenvolvimento de máquinas de ferramentas nas duas primeiras décadas do século XIX facilitou a produção de mais máquinas para serem utilizadas em outras indústrias. Durante o século XIX, a industrialização se alastrou pelo resto da Europa Ocidental e América do Norte, afetando posteriormente grande parte do mundo. [editar] Revoluções políticas
Ver artigos principais: Revolução Americana, Revolução Francesa e Guerras napoleônicas.
A tomada da Bastilha na Revolução Francesa em 1789.
A intervenção francesa na Guerra de Independência dos EUA levou o estado francês à falência.[50] Depois de diversas tentativas falhas de uma reforma financeira, Luís XVI foi forçado a reavivar a Assembléia dos Estados Gerais, um corpo representativo do país feito pelas três classes do estado: o clero, os nobres e o povo. Os membros dos Estados-Gerais reuniram-se no Palácio de Versalhes em maio de 1789, mas o debate e a forma de votação que seria usada criaram um impasse. Veio junho, e o terceiro estado, associado a membros dos dois outros estados, declarou-se uma Assembléia Nacional e prometeu não se dissolver até que a França tivesse uma constituição e criasse, em Julho, uma Assembléia Nacional Constituinte. No mesmo tempo, os parisienses revoltaram-se, celebremente derrubando a prisão da Bastilha em 14 de julho de 1789.[50]
Nesse tempo, a assembleia criou uma monarquia constitucional, e nos dois anos que se passaram várias leis foram criadas como a Declaração dos direitos do Homem e do Cidadão, a abolição do feudalismo e uma mudança fundamental das relações entre a França e Roma.[50] No início, o rei continuou no trono ao longo dessas mudanças e gozou de uma popularidade razoável com o povo, mas a anti-realeza crescia com o perigo de uma invasão estrangeira. Então o rei, sem poderes, decidiu fugir com a sua família, mas ele foi reconhecido de volta a Paris. Em 12 de janeiro de 1793, sendo convicta sua traição, ele foi executado.
Em 20 de setembro de 1792, a convenção nacional aboliu a monarquia e declarou a França uma república.[50] Devido à eminência das guerras, a convenção nacional criou o Comitê de Salvação Pública controlado por Maximilien Robespierre do partido dos Jacobinos, para atuar como executivo do país. Sob Robespierre o comitê iniciava o reino do terror, no qual cerca de 40.000 pessoas foram executadas em Paris, na maioria nobres, apesar de, freqüentemente, faltarem evidências. Por todo o país, insurreições contra-revolução foram brutalmente reprimidas. O regime foi posto abaixo no golpe de 9 Termidor (27 de julho de 1794) e Robespierre foi executado. O regime que se seguiu acabou com o Terror e afrouxou a maioria das regras extremas de Robespierre.[50] A Batalha de Waterloo, onde Napoleão foi derrotado pelo Duque de Wellington em 1815.
Napoleão Bonaparte foi o general francês que mais obteve sucesso nas guerras da revolução, tendo conquistado muitos dos Estados da península Itálica e forçado os austríacos à paz. Em 1799, retornou do Egito e em 18 de Brumário (9 de novembro) subjugou o governo, substituindo-o pelo seu Consulado, do qual tornou-se o primeiro Cônsul.[51] Em 2 de Dezembro de 1804, depois duma tentativa de assassinato, ele coroou-se imperador. Em 1805, Napoleão planejou invadir a Grã-Bretanha, mas a recém-criada aliança entre britânicos, russos e austríacos (Terceira Coalizão) forçou-o a direcionar a atenção para o continente, quando ao mesmo tempo ele tinha falhado em desviar a Armada Superior Britânica para longe do Canal da Mancha, ocasionando uma decisiva derrota francesa na batalha de Trafalgar em 21 de outubro, e colocando um fim em suas esperanças de invadir a Grã-Bretanha. Em 2 de dezembro de 1805, Napoleão derrotou o exército austro-russo, numericamente superior, em Austerlitz, forçando a Áustria desistir da coalizão e levando à fragmentação do Sacro Império Romano-Germânico.[51] Em 1806, a Quarta coalizão foi formada; em 14 de outubro Napoleão derrotou os prussianos na Batalha de Jena-Auerstedt, marchando através da Alemanha e derrotando os russos em 14 de junho de 1807 em Friedland. Os Tratados de Tilsit dividiram a Europa entre França e Rússia e criaram o Ducado de Varsóvia.[51]
Em 12 de junho de 1812, Napoleão invadiu a Rússia com sua Grande Armée de aproximadamente 700.000 soldados.[51] Após as vitórias em Smolensk e Borodino, Napoleão ocupou Moscou, apenas para encontrá-la queimada pelo exército russo em retirada. Assim, ele foi forçado a bater com seu exército em retirada. Na volta seu exército foi arrasado pelos cossacos e sofreu de doenças, fome e com o rigoroso inverno russo. Apenas 20.000 soldados sobreviveram a essa campanha.[51] Em 1813, começou o declínio de Napoleão, sendo derrotado pelo Exército das Sete Nações na Batalha de Leipzig em outubro de 1813. Ele foi forçado a abdicar depois da Campanha dos Seis Dias e a ocupação de Paris. Sob o Tratado de Fontainebleau ele foi exilado na Ilha de Elba. Retornou à França em 1° de março de 1815 e convocou um exército leal, mas foi compreensivelmente derrotado por forças britânicas e prussianas na Batalha de Waterloo em 18 de junho de 1815.[51] [editar] A formação dos estados modernos
Ver artigos principais: Unificação Italiana, Guerra Franco-prussiana, Guerra da Criméia e Revoluções de 1848.
Populares apoiando a Revolução de 1848 em Berlim.
Depois da derrota da revolucionária França, outras grandes forças tentaram restaurar a situação existente antes de 1789. Em 1815, no Congresso de Viena, as maiores forças da Europa se organizaram para produzir um pacífico equilíbrio de poder entre os impérios depois das Guerras Napoleônicas (embora estivessem ocorrendo movimentos internos revolucionários) sob o sistema de Matternich.[52] Entretanto, seus esforços foram incapazes de parar a propagação de movimentos revolucionários: a classe média foi profundamente influenciada pelos ideais de democracia da Revolução Francesa, a revolução Industrial trouxe importantes mudanças sócio-econômicas, as classes baixas começaram a ser influenciadas pelas idéias socialistas, comunistas e anarquistas (especialmente unidas por Karl Marx no Manifesto Comunista),[53] e a preferência dos novos capitalistas era o liberalismo. Uma nova onda de instabilidade veio da formação de diversos movimentos nacionalistas (na Alemanha, Itália, Polônia, etc.), buscando uma unidade nacional e/ou liberação do domínio estrangeiro. Como resultado, o período entre 1815 e 1871 foi palco de um grande número de conflitos e guerras de independência. Napoleão III, sobrinho de Napoleão I, retornou do exílio na Inglaterra em 1848 para ser eleito pelo parlamento francês, como o então "Presidente-Príncipe" e num golpe de estado eleger-se imperador, aprovado depois pela grande maioria do eleitorado francês. Ele ajudou na unificação da Itália lutando contra o Império Austríaco[54] e lutou a Guerra da Criméia com a Inglaterra e o Império Otomano contra a Rússia. Seu império ruiu depois de uma infame derrota para a Prússia, na qual ele foi capturado. A França então se tornou uma fraca república que recusava-se a negociar e foi derrotada pela Prússia em poucos meses. Em Versalhes, o rei Guilherme I da Prússia foi proclamado Imperador da Alemanha.[55] Mesmo que a maioria dos revolucionários tenha sido derrotada, muitos estados europeus tornaram-se monarquias constitucionais, e em 1871 Alemanha e Itália se desenvolveram em estados-nação. Foi no século XIX também que se observou o Império Britânico emergir como o primeiro poder global do mundo devido, em grande parte, à Revolução Industrial e a vitória nas Guerras Napoleônicas.[56] [editar] Impérios
Ver artigos principais: Neocolonialismo, Império Otomano, Império Habsburgo, Império Russo, Império Francês, Império Britânico e Império Holandês.
Paris e a Feira Mundial em 1884.
A paz iria apenas durar até que o Império Otomano declinasse suficientemente para se tornar alvo de outros.[57] Isso incitou a Guerra da Criméia em 1854,[58] e começou um tenso período de pequenos conflitos entre as nações dominantes da Europa que deram o primeiro passo para a posterior Primeira Guerra Mundial. Isso mudou uma terceira vez com o fim de várias guerras que transformaram o Reino da Sardenha e o Reino da Prússia nas nações da Itália e da Alemanha, mudando significativamente o balanço do poder na Europa. A partir de 1870, a hegemonia Bismarquiana na Europa pôs a França em uma situação crítica.[59] Ela devagar reconstruiu suas relações internacionais, buscando alianças com a Grã-Bretanha e Rússia, para controlar o crescente poder da Alemanha sobre a Europa. Desse modo, dois lados opostos se formaram na Europa, incrementando suas forças militares e suas alianças ano a ano.[60] [editar] Guerra e paz
As trincheiras tornaram-se famosos símbolos dos combates da Primeira Guerra Mundial. [editar] Guerras mundiais
Depois da relativa paz na maior parte do século XIX, a rivalidade entre as potências européias explodiu em 1914, quando a Primeira Guerra Mundial começou. Mais de 60 milhões de soldados europeus foram mobilizados entre 1914 e 1918.[61] De um lado estavam Alemanha, Áustria-Hungria, o Império Otomano e a Bulgária (Poderes Centrais/Tríplice Aliança), enquanto que no outro lado estavam a Sérvia e a Tríplice Entente – a elástica coalizão entre França, Reino Unido e Rússia, que ganhou a participação do Reino de Itália em 1915 e dos Estados Unidos em 1917. Embora o Império Russo tenha sido derrotado em 1917 (a guerra foi uma das maiores causas da Revolução Russa, levando à formação da comunista União Soviética), a Entente finalmente prevaleceu no outono de 1918.
No Tratado de Versalhes (1919) os vencedores impuseram severas condições à Alemanha e aos novos estados reconhecidos (tais como Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Áustria, Iugoslávia, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia) criados na Europa Central a partir dos extintos impérios Alemão, Austro-Húngaro e Russo, supostamente na base da auto-definição. A maioria desses países entraria em guerras locais, sendo a maior delas a Guerra Polaco-Soviética (1919-1921). Nas décadas seguintes, o medo do comunismo e a Grande Depressão (1929-1943) levaram grupos extremistas nacionalistas - sob a categoria do fascismo – na Itália (1922), Alemanha (1933), Espanha (depois da guerra civil, terminada em 1939) e em outros países como a Hungria. Hitler e Mussolini formaram o Pacto do Eixo e dominaram a maior parte da Europa na fase inicial da Segunda Guerra Mundial.
Depois de aliar-se com a Itália de Benito Mussolini no Pacto de Aço e assinar o pacto de não-agressão com a União Soviética, o ditador alemão Adolf Hitler começou a Segunda Guerra Mundial em 1° de Setembro de 1939 invadindo a Polônia, depois de uma expansão militar ocorrida no final da década de 1930. Após sucessos iniciais (principalmente a conquista do oeste da Polônia, grande parte da Escandinávia, França e os Balcãs antes de 1941), as forças do Eixo começaram a enfraquecer-se em 1941. Os principais oponentes ideológicos de Hitler eram os comunistas da Rússia, mas por causa da falha alemã em derrotar o Reino Unido e das falhas italianas no norte da África e no Mediterrâneo, as forças do Eixo se resumiram à Europa Ocidental, Escandinávia, além de ataques a África. O ataque feito posteriormente à União Soviética (que junto com a Alemanha dividiu a Europa central em 1939-1940) não foi feito com a força necessária. Apesar de um sucesso inicial, o exército alemão foi parado perto de Moscou em dezembro de 1941.
Apenas no ano seguinte o avanço alemão foi parado e começaram as derrotas, como por exemplo, nas batalhas de Stalingrado e Kursk. Nesse interim, o Japão (aliado de Alemanha e Itália desde setembro de 1940) atacou os britânicos no Sudeste Asiático e os Estados Unidos no Havaí em 7 de dezembro de 1941; a Alemanha então completou sua expansão declarando guerra aos Estados Unidos. A guerra aumentou a tensão entre o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e os Aliados (Reino Unido, União Soviética e os Estados Unidos). As forças Aliadas venceram no norte da África e invadiram a Itália em 1943, e a ocupada França em 1944. Na primavera de 1945, a Alemanha foi invadida pelo leste pela União Soviética e pelo oeste pelos Aliados; Hitler cometeu suicídio e a Alemanha se rendeu no começo de maio acabando com a guerra na Europa.
O período foi marcado também por um industrializado e planejado genocídio de mais de 11 milhões de pessoas, incluindo a maioria dos judeus da Europa e ciganos, assim como milhões de poloneses e eslavos soviéticos. O sistema soviético de trabalho forçado, as expulsões da população da União Soviética e a grande fome da Ucrânia tiveram semelhante carga de mortes. Durante e depois da guerra, milhões de civis foram afetadas pelas forçadas transferências da população. [editar] Guerra Fria
Trabalhadores da Alemanha Oriental construindo o Muro de Berlim, 20 de novembro de 1961.
A Primeira e especialmente a Segunda Guerra Mundial acabaram com a preponderante posição da Europa Ocidental. O mapa do continente foi redesenhado na Conferência de Yalta[62] e dividido se tornou a principal zona de contenção na Guerra Fria entre dois blocos, os países ocidentais e o bloco Oriental. Os Estados Unidos e a Europa Ocidental (Reino Unido, França, Itália, Países Baixos, Alemanha Ocidental, etc.) estabeleceram a aliança da OTAN como proteção contra uma possível invasão soviética.[63] Depois, a União Soviética e o Leste Europeu (Polônia, Tchecoslováquia, Hungria, Romênia, Bulgária e Alemanha Oriental) estabeleceram o Pacto de Varsóvia como proteção contra uma possível invasão dos Estados Unidos.[64]
Na mesma época, a Europa Ocidental lentamente começou um processo de integração política e econômica,[65] desejando um continente unido e integrado para prevenir outra guerra. Esse processo resultou naturalmente no desenvolvimento de organizações como a União Europeia[65] e o Conselho da Europa.[66] O movimento Solidarność que aconteceu na década de 1980 enfraqueceu o governo comunista na Polônia, foi o começo do fim do domínio comunista na Europa Oriental e o declínio da União Soviética.[67] O líder soviético Mikhail Gorbachev instituiu a Perestroika e a Glasnost, que enfraqueceram oficialmente a influência soviética na Europa Oriental.[67] Os governos que davam suporte aos soviéticos entraram em colapso e a Alemanha Ocidental anexou a Oriental em 1990. Em 1991, a própria União Soviética] ruiu, dividindo-se em 15 estados, com a Rússia tomando o seu lugar no Conselho de Segurança da ONU. Entretanto, a separação mais violenta aconteceu na Iugoslávia, nos Balcãs. Quatro (Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegóvina e Macedônia) das seis repúblicas iugoslavas declararam independência e para a maioria delas uma violenta guerra se seguiu, em algumas partes até 1995. Em 2006, Montenegro se separou e declarou independência, seguido por Kosovo, formalmente uma província autônoma da Sérvia, em 2008, e descaracterizando completamente o antigo mapa da Iugoslávia. Na era pós-guerra fria, OTAN e a União Europeia foram gradualmente admitindo a maioria dos antigos estados membros do Pacto de Varsóvia.[65]
Reunificação e integração
A bandeira europeia.
Em 1992, o Tratado de Maastricht foi assinado pelos então membros da União Européia. Isso transformou o "Projeto Europeu" de ser uma comunidade econômica com certos aspectos políticos, numa união com uma intensa cooperação e prosperidade baseada em uma união de soberanias nacionais.[65]
Em 1985, o Acordo de Schengen estabeleceu uma área sem fronteiras e sem controle de passaporte entre os estados que o assinaram.[68] Faces comuns das moedas de euro.
Uma moeda comum para a maioria dos estados membros da União Europeia, o euro, foi estabelecida eletronicamente em 1999,[69] oficialmente partilhando todas as moedas de cada participante com os outros. A nova moeda foi posta em circulação em 2002 e as velhas foram retiradas dos mercados.[69] Apenas três países dos quinze Estados-membros decidiram não aderir ao euro (Reino Unido, Dinamarca e Suécia). Em 2004, a UE deu ordem à sua maior expansão, admitindo 10 novos membros (oito dos quais antigos estados comunistas). Outros dois ingressaram no grupo em 2007, num total de 27 nações.
Um tratado estabelecendo uma constituição para a UE foi assinado em Roma em 2004, com a intenção de substituir todos os antigos tratados com apenas um só documento. Entretanto, sua ratificação nunca foi feita devido à rejeição de franceses e holandeses via referendo. Em 2007, concordou-se em substituir aquela proposta com um novo tratado reformado, o Tratado de Lisboa, que iria entrar como uma emenda ao invés de substituir os tratados existentes.[70] Esse tratado foi assinado em 13 de Dezembro de 2007, e vai entrar em vigor em janeiro de 2009, se ratificado até essa data. Isso dará a União Européia seu primeiro presidente permanente e ministro de relações exteriores.
Os Balcãs são a parte da Europa que mais deseja aderir à União Europeia, com a Croácia notadamente esperando ser aceita antes de 2010.
| |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 4:15 pm | |
| - Spoiler:
O bloco misterioso Era uma vez um grupo de amigos chamados Rita, Paulo, Bruna, Rafael e Ana Filipa. A escola onde eles andavam era dividida em quatro blocos. Eram demasiados portanto. Como tal, não havia professores suficientes para se dar aulas nesse bloco. Como não era usado para nada, os professores começaram a ir para lá preparar as suas aulas. Quando o grupo de cinco amigos deu conta de que isso acontecia, ficaram com curiosidade em saber o que tão misterioso tinha aquele bloco, já que nunca tinham visto os professores saírem de lá. Eles no início apenas achavam que, por coincidência, nunca tinha acontecido. Mas, passado algum tempo, começaram a estranhar imenso. Já não podia ser coincidência. Algo se passava. A verdade é que nunca ninguém tinha visto sair de lá algum professor. E também era verdade que eles não voltavam à escola para dar aulas. Mas era impossível saber o que se passava, porque qualquer pessoa que lá entrasse, não voltava a sair. Simplesmente desapareciam sem deixar qualquer rasto... Os autores: Paulo Lage e Rita Melo (eu) A Cova Há muitos anos atrás, um grupo de amigos em Ouro Preto - MG, resolveu fazer uma aposta; entrar a meia-noite numa cova aberta em um cemitério. Todos os cinco entraram, mas o último, ao sair da cova gritou de horror... alguém o segurava e o puxava para dentro da cova. Apavorados, os outros quatro fugiram. No dia seguinte encontraram um jovem de mais ou menos 25 anos, com os cabelos totalmente grisalhos, e expressão de horror, morto, dentro da cova aberta e vazia. Às suas calças estava agarrado um pedaço de raiz, que o prendeu, e o matou de susto... "Recolha o seu bilhete" Sempre a correr, a Eva e a Vanessa chegaram mesmo em cima da hora à estação e ainda tinham de comprar o bilhete. Destino: a praia. Foram até às máquinas automáticas, mas não conseguiram encontrar o seu destino. " Não pode ser, tenta outra vez! ". Depois de percorrerem mais três vezes as listas com todos os destinos, acabaram por encontrá-lo! " Carrega, depressa! ". Estavam prestes a perder o comboio e os nervos estavam a aumentar. A máquina fazia coisas muito estranhas, Não obedecia! " Não me deixa marcar dois bilhetes! " " Bem, então compramos um de cada vez, despacha-te! ". Por fim, a Eva conseguiu comprar o seu bilhete... Agora só faltava o da Vanessa. Pela segunda vez, a rapariga procurava o seu destino. " Mas isto diz D.E.P. em todo o lado! O que é D.E.P.? Onde está o nosso destino? ". Mesmo no último momento, a Vanessa encontrou-o e comprou o bilhete. Só faltava recolhê-lo e saíam a correr para o comboio. Mas... não podia ser! O que seria aquilo?! Uma brincadeira de mau gosto? A Vanessa recolhia o seu bilhete horrorizada pois estava manchado de sangue e dizia:" Menina Vanessa Garcia, Descanse Em Paz. Nunca mais voltaremos a vê-la. " Pouco depois, a Vanessa morreu de uma causa desconhecida... Era uma noite estranha, muito estranha. Parecia que o mundo caía sobre o pobre Vilarejo de Hidown, uma tempestade castigava as pequenas casas e ruas do lugar. Todos estavam em casa, ninguém se atreveria sair sob um dilúvio daqueles. Só se notava uma pequena movimentação em um único lugar. Apenas 5 pessoas estavam na Cantina, o velho dono do lugar Sr. Gordon, uma prostituta barata Regina Marcha-ré, os 2 irmãos Brotheer e o Leiteiro da cidade, o Sr. Milk Wilson. Todos estavam bebendo e conversando frivolidades, papo de bêbado: _ Você acha que o universo é uma expansão constante como enuciou Hubble ou segue uma variação volumétrica pulsante? Perguntou o velho Sr. Gordon _ Se analisar-mos a variação da temperatura do espaço desde o Big-Bang, notaremos que a temperatura esta diminuindo, hoje se encontra pouco acima do zero absoluto (uns 2 graus), talvez quando atingir o zero, toda a matéria se contraia novamente até atingir temperaturas e pressões monumentais para um novo Big-Bang. Respondeu o humilde fazendeiro Mano Brotheer. Como o leitor pôde perceber, é só mais uma conversa sem sentido, entre bêbados, que se ouve todos os dias nos Bares do Mundo. A conversa informal seguiu amistosamente enquanto todos esperavam a tempestade terminar. De repente!! Não mais que de repente, a porta do "Boteco" se abre num estrondo! Todos no bar olham assustados para a porta. Uma corrente de vento,chuva e relâmpagos revela um homem, alto, forte, usando uma roupa completamente negra e chapéu. Logo entra na "birosca", mal se consegue ver o rosto do forasteiro que carregava sobre o ombro, um grande barril. Todos ficaram paralizados ao ver a figura negra na porta do Bar. O homem se aproximou lentamente do balcão, todos se afastaram, quando colocou o grande barril no balcão e disse: _ O Senhor é o dono deste estabelecimento comercial? Tenho algo para mostrar-lhe. Disse o homem de preto simultaneamente com um relâmpago. O Senhor Gordon engoliu em seco e só conseguiu dizer: _S..so...sou. Nesse momento, Mano Brotheer colocou sua mão na cintura, no local onde sempre carregava seu revólver, ele era um homem pacífico, mas tomara o hábito de andar armado desde os tempos de seus avós. _ Pode ficar tranquilo Sr. Brotheer, eu vim em paz! Disse o homem sem olhar para o Agricultor, que tirou a mão da cintura em um espasmo. _Como sabe meu nome???? Eu te conheço???? Perguntou irritado o trabalhador rural. Sem responder à pergunta, o homem de preto apenas disse ao Sr. Gordon. _ Tenho nesse Barril, um excelente vinho. É um vinho que o senhor jamais encontrará igual, nesse mundo. Estou querendo lhe vender. _ Por que diabos, um homem sairia nessa chuva pelas estradas para vender vinho? Perguntou a Prostituta Regina Marcha-ré. _ Meu Senhor, eu não o conheço e não preciso de vinho algum. Tenho uma grande e ótima adega aqui na Taberna. Disse o dono da espelunca. _ Estou disposto a dar-lhe este barril de graça para o Senhor e seus convidados provarem. Se não gostarem, eu não cobro nada, mas se gostarem, farei meu preço. De acordo? Palavras mágicas... "de graça, até ônibus errado"... O Senhor Gordon ao ouvir isso, aceitou de bom grado o Barril e começou a abrir-lo com um pé de cabra. O homem de preto sentou num canto afastado do bar enquanto todos formavam uma roda entorno do Barril, todos anciosos por um vinho grátis. Eles bebiam feitos perus em véspera de natal, o Sr. Leiterio já havia bebido 5 canecas grandes, os irmãos Brotheer faziam disputas sobre o maior gole. Todos estavam enchedo a cara, o vinho era delicioso. O homem de preto só acompanhava a cena de longe, com um pequenino sorriso no canto da boca. _ O Senhor não vai beber nada? Perguntou Irmão Brotheer ao forasteiro. _ Eu não bebo... vinho. Todos estavam falando alto, rindo, contando piadas e histórias. Tudo parecia normal, mas.... De repente os dois irmãos estavam discutindo alto, não se sabia o motivo, mas seja qual for, estava esquentando. _Calma gente... Vamos beber mais um pouco! Alegria! Disse o leiteiro. _Fica na sua!!!!! Seu desgraçado, filho de uma vaca!! Gritou o mais velho. _ Não venha com grosseria! Seu caipira comedor de capim, cretino!! Respondeu o Leiterio. _Parem de brigar!! Disse o Sr. Gordon. Mas nesse momento começou a tragédia. O mais novo Brotheer sacou do revólver que também carregava e disparou dois tiro à queima roupa na boca do Sr. Gordon, que caiu com a cabeça espatifada e miolos voando para todos os lados. _ Cala o lixo dessa boca, seu velho patife!! Gritou o jovem assassino. Ao ver isso, Regina Marcha-ré, que estava ao lado do Sr. Gordon, pegou a escopeta de dois canos que o velho Sr. Gordon mantinha debaixo do balcão e disparou um tiro no peito de fazendeiro. O tiro o arremeçou ao outro lado do bar, uma chuva de sangue cobriu todos que estavam em volta. _ O que você tem contra putas? Seu filho de uma! Gritou a mundana um pouco antes de ter seus olhos perfurados por uma garrafa que o irmão mais velho do morto a havia jogado. _Cassarola! Você me cegou! Gritou a meretriz ao fazendeiro que se preparava para dar um tiro na assassina de seu irmão. Mas o leiteiro foi mais rápido, agarrou a cabeça do fazendeiro e a segurou na máquina de cortar mortadelas em fatias que estava no balcão. O fazendeiro tentava se soltar do leiteiro enquanto vociferava encolerizado. _ Me larga!! Eu vou matar essa vadia! SLEPT! O leiteiro ligou a máquina de lãminas circulares, e a tampa do crânio do agricultor caiu no chão. _ Ai!! Seu desgraçado!! Vou te matar!! gritou o fazendeiro Brotheer ao ver seu escalpo no chão. SPLOFT! As lãminas alcançaram os miolos do homem. que tremia enquanto o leiteiro o segurava com toda a sua força. Regina Marcha-ré, que se contorcia de dor e não via o que estava acontecendo, pois metade de uma garrafa foi alojada no seu olho direito, começou a dar tiros pra todos os lados com a escopeta que ainda segurava na mão. Infelizmente, um tiro acertou na perna do Sr. Leiteiro, que ao tentar se segurar na caixa registradora para não cair, acabou arrastando-a para a beirada do balcão, fazendo com que ela caísse em sua cabeça, funcionando como um quebra nozes. A caixa registradora que era feita de cobre, reduziu a cabeça do Sr. Milk Wilson em uma pasta de sangue e miolos. O foresteiro assistiu tudo aquilo, sem demonstrar uma ponta sequer de espanto. Ficou sentado assistindo aquela cena que não durou mais do que alguns segundos. Agora, apenas a mulher estava viva, caída num canto atrás do Balcão. Ele se aproximou da pobre mulher e disse: _Gostaram do Vinho? _Seu filho do demônio! O quê tinha naquele vinho?? Gritou a sodomita. _ Eu não sou filho do demônio. Eu sou o próprio Carcará, hahahahaha!!! Uma risada demoníaca foi ouvida à quilômetros de distância _ Não!!!!!!!!!!!! ARGH!!!!!!!!! Gritou de desespero a mulher que morreu logo depois, pois o resto da cerveja que ainda estava na garrafa, começou a escorrer para dentro da cabeça. O Homem de preto olhava os cinco corpos espalhados pela Taberna, que agora estava tingida de sangue por todos os lados. _Cinco almas podres em troco de um bom Vinho do Tinhoso... acho que valeu a pena! Disse o homem de preto ao sair da Taverna no meio da noite levando o barril vazio. Nádia era uma artista. Amava desmesuradamente sua vida e esta se resumia a um nome: Walterci. Eles se conheceram há mais ou menos sete anos, num concurso de culinária patrocinado pela empresa de farináceos "Bolo Fofo". Casaram-se dois meses depois da entrega do prêmio, onde Walterci entregou a Nádia uma batedeira último modelo, presente destinado ao primeiro lugar. Formavam um casal e levavam uma vida recheada de aromas e sabores refinados. Durante os doces sete anos, Nádia aprimorava sua culinária, refinando os gostos e apurando seu dom. Walterci, por sua vez, tornara-se um verdadeiro gourmet. Tiveram um filho, Waltercizinho, que era testemunha das delícias de Nádia e do amor do casal. De tão doce chega-se ao amargo. O amor de Walterci por Nádia parece ter perecido, não se pode definir exatamente quando ele se saciou. Walterci não sentia mais o amor de Nádia em seus pratos, a comida lhe parecia insossa. Sua mulher, desesperada, não sabia mais onde tirar receitas para recuperar o apetite do ex-glutão. No dia do aniversário do filho do casal, Nádia teve a idéia que poderia salvar o seu casamento. Joana, tia do menino, disse uma frase iluminada ao olhar seu sobrinho soprando a vela de cinco anos que afundava no marshmellow: _Mas como o Waltercizinho é fofinho!! No dia seguinte, Walterci provou a mais sublime especiaria já preparada por Nádia. A cada pedaço daquela carne dourada, reacendia a chama do amor. Cada garfada daquele assado reafirmava que Nádia era a mulher de sua vida. A partir daquele banquete, eles se amaram eternamente e em seu amor não cabia mais ninguém. Eram apenas duas bocas sorvendo as delícias do ser humano. Rosalvo Ruas, era um pequeno agricultor, morava com sua família do sul do Brasil, nos Pampas Gaúchos. O ano era de 1953; Brasília, a atual capial do Brasil, ainda não fora construída e ninguém ainda tinha ouvido em falar em Gilberto Gil e Caetano (bons tempos aqueles). Era uma noite muito clara, pois a Lua cheia estava em seu auge. Durvalina, a fiel esposa de Rosalvo, estava fazendo um cozido, que pelo cheiro, parecia muito apetitoso. O casal tinha um belo filho, um varão de 13 anos que gozava de muita saúde, seu nome era Roneide. Durvalina se mostrava um pouco preocupada, pois já anoitecera e o rapaz ainda não tinha chegado para jantar. Rosalvo, que além de faminto, estava também preocupado, resolveu sair à procura do guri que nunca se atrasara antes. Deixou o chimarrão no bule para não esfriar e foi procurar o moleque. _ Bah Tchê! Vou procurar o guri. Disse o agricultor _ Barbaridade! por onde anda esse guri? Pai, vai atrás do meu filho e trás ele de volta! Disse a dedicada esposa. Assim que Rosalvo pôs os pés fora de casa, um uivo assustador fez com que sua espinha arrepiasse. "OOOOOOUUUUUUUUUUUUOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUU !!!!!!!!!!" _ Que foi isso santo Deus do Céu? Gritou a mulher de dentro da casa enquanto fazia o "nome do pai". _ Deve ser um lobo...mas aqui nos Pampas não tem lobo assim... Estranho, muito estranho. Rosalvo pensou em voz alta Logo em seguida saiu de casa caminhando na direção do uivo. Ele trazia consigo uma foice. Cauteloso, o gaúcho foi procurando por algo estranho perto do galinheiro. As galinhas estavam fazendo muito barulho e pareciam assustadas; os animais do celeiro também estavam inquietos. Cheiroso, o bode, não parava de dar cabeçadas na porteira do curral. Apesar da lua cheia, estava um pouco escuro, já que não tinha luz elétrica no Sítio. Rosalvo foi se aproximando do galinheiro, quando um vulto negro passa por trás dele. O gaúcho quase cospe o coração, tamanho foi a susto. Rosalvo se vira lentamente preparado para "sentar" a foice na tal figura quando percebe que o vulto não passa de uma criança. _ Roneide!!! Seu guri filho de uma égua cega!!! Além de se atrasar, quase mata seu velho pai de susto!!! Gritou o pai bufando como um touro. Rosalvo leva o rapazinho pela orelha para casa e logo pôs-se a tomar seu chimarrão noite adentro. Na manhã seguinte, o gaúcho vai até a Vila do Brejo Seco para conversar com os amigos e comprar alguns mantimentos. _ Mas Bah Arlindo!!! Ouvi um uivo gelado como a chuva e o meu guri me deu um susto que quase botei os bofes pra fora! Contou Rosalvo ao dono do Empório Nossa Senhora de Fátima, um imigrante Paraguaio. _ Mas como hombre de Deus? Tu tienes medo de un lobo? Deves ter borrado las bombachas!! Gargalhou o comerciante junto com os outros homens no Empório. _Vocês podem rir a vontade, bando de Maricons! Só sei que se esse lobo voltar, vou enfiar um bala no meio dos olhos. Disse Rosalvo ao sair com as compras. Rosalvo aproveitou para comprar cartuchos para sua 22 de 2 canos, que ele carinhosamente chamava de "Furiosa". Mais tarde, enquanto preparava a carroça para voltar ao seu sítio, um índio se aproximou de Rosalvo. _Acho que isso não vai adiantar nada contra o dito cujo que tu vais encarar. Disse o índio com um Português melhor do que a média do lugar _De que tu tá falando Índio Velho? _Eu estou falando de Lobisomem!!! Disse o índio com um voz sombria Mais uma vez o gaúcho sentiu um frio na espinha. Um pavor insólito tomou conta de sua mente ignorante. _Cala tua boca velho imbecil! Eu não acredito nessas crendices de gente besta! Coyote velho! Ao dizer isso, subiu em sua carroça e voltou para casa. Chegando em casa, Rosalvo não conseguia pensar em outra coisa. Ele se assustava com tudo, sombras, ruidos, luzes... até o sonoro peido do bode Cheiroso no curral, ao qual ele já havia acostumado, o assustava também. _RRRaaça de bode duma figa!!! Eu ainda te castro com um facão!! Disse o irritado gaúcho. Após o jantar, agoar mais calmo. Ele foi se deitar com a mulher; Roneide estava encumbido de trancar as porteiras e a casa. Rosalvo estava quase dormindo quando.... "OOOOOOUUUUUUUUUUUUOOOOOOOOOOUUUUUUUUUUU !!!!!!!!" Rosaldo dá um pulo da cama já engatilhando a "Furiosa". Durvalina, completamente apavorada, se esconde debaixo da cama e começa a rezar um rosário. O gaúcho se dirigia em direção da porta dos fundos quando percebeu que o guri não estava em seu quarto. _ Ai ai ai! Mulher!!!! O guri não esta em casa. Deve estar lá fora!! Gritou o fazendeiro enquanto saía com a "Furiosa" preparada. A mulher a essa altura já estava no terceira conta do rosário. Ao chegar lá fora, havia um alvoroço sem precedentes no galinheiro, parecia que todas as galinhas cacarejavam ao mesmo tempo, uma balbúrdia! Rosalvo correu em direção do galinheiro atirando. Um vulto negro pula agilmente pela janela do galinheiro e corre em direção à plantação de mate e some na escuridão. Rosalvo chega ao galinherio e vê que quase todas as galinhas estavam mortas, degoladas. Agora Rosalvo procura desesperadamente por Roneide, correndo em volta da casa, quando de repente, dá de cara com uma figura baixa e escura. Rosalvo conseguiu se recuperar do susto e se preparava para atirar com sua espingarda quando ele reconhece o pequeno vulto. Era Roneide que estava completamente sujo de barro. _ Roneide!!! Seu filho de uma porca duroq!!! Tu tas afim de matar seu velho pai de susto mesmo. Tu não ouvites o uivo do lobiso...ah...lobo e as galinhas gritando? Gritou o gaúcho gesticulando com a "Furiosa" na mão. _ Não pai... eu não ouvi nada. eu caí no brejo quando fui fechar a porteira. Disse o rapaz, que agora estava assustado. _Já pra dentro!!! Filho de uma cabra asmática! Gritou Rosalvo com o filho, muito mais com medo do que raiva. O pobre gaúcho não conseguiu dormir a noite interia. Na manhã seguinte, Rosalvo foi para Brejo Seco procurar o tal índio que profetizara sobre o tal lobisomem. Não precisou chegar na Vila, pois o velho índio estava sentado na beira da estrada, tomando chimarrão. _ Índio velho!! Preciso de sua ajuda!!! Suplicou Rosalvo _ Pois é... Prossegui o velho _ O tal lobisomem sempre ataca em noites de lua cheia, e ele é muito perigoso, matou quase todas as minhas galinhas! O quê que eu faço??? _ O patrão precisa carregar a arma com balas de prata. Um tiro basta para mandar o cão danado para onde nunca deveia ter saído, o inferno! Disse o índio em sussuro O gaúcho já preparava para seguir o caminho da Vila quando o índio disse: _ Patrão! Sou um velho índio Gaudério... muito velho... já vi de tudo nesse mundo de Deus... e posso lhe dizer que o Capeta ajudou a fazê-lo. Mais uma coisa Seu Rosalvo! O senhor já deve ter encontrado com o tal bicho quando em forma de gente, pelo menos uma vez. O senhor deve ter cuidado, e desconfiar de tudo e de todos!! Na dúvida, não pense, atire! Disse o velho dando um soco na palma da mão _ Adeus meu bom Índio!! Espero um dia poder retribuir!!! Disse ao gaúcho enquato saía à galope. "Como farei para matar esse demônio?" Pensava o gaúcho enquanto fazia alguns cartuchos usando um velho punhal de prata que tinha sido do seu avô na Guerra do Paraguai. Conseguiu fazer 3 cartuchos de prata para a sua "Furiosa". Logo que anoiteceu, o gaúcho montou guarda na porta de casa esperando pela tal criatura peluda. Era lua cheia novamente. Roneide tinha ido ao Sítio vizinho para brincar com os amigos e voltaria antes de anoitecer. Mas ele ainda não voltara e o gaúcho estava muito preocupado. A lua estava mais redonda do que nunca, e o silêncio anormal daquela noite deixava o fazendeiro mais nervoso ainda. _Bah! Será que o guri encontrou com o lobisomem no meio de caminho? Será que aquele cão dos inferno pegou meu filho? Mas para quebrar o silêncio, um barulho interrompe as lucubrações de Rosalvo. Na plantação de Mate, mais uma vez, um vulto negro apareceu. O fazendeiro perparou a espingarda, a figura negra parecia que ia em sua direção. Rosalvo não quiz se fazer de rogado, e deu um tiro no meio daquilo que ela julgava ser a cabeça da criatura. O tiro foi certeiro, o corpo caiu no meio da folhagem. Rosalvo ficou eufórico e com um lampião, se aproximou do corpo para ver como era o tal bicho. Mas Rosalvo não consegui acreditar naquilo que via. A cena era tão chocante que o gaúcho macho quase desmaiou. Ajoelhou-se ao lado do corpo inerte e só consegui dar um grito. _ NÃO!!!!!!!! Não pode ser!!!!!!!!!! Rosalvo tinha descoberto que havia dado cabo da vida de Roneide, seu filho, com um tiro na cabeça. _ Meu Deus!!!!! Matei o meu filho!!!!!! Era era o lobisomem!!!!! Gritava de desespero o pobre agricultor. Os animais do Sítio estavam muito assustados, o bode Cheiroso gritava e peidava sem parar. Rosalvo pegou o corpo do menino e correu em direção de sua casa gritando desesperadamente pela esposa. _ Durvalina!!!!!! Durvalina!!!! Apareça mulher dos infernos!!!!!! Rosalvo deixou o menino e a "Furiosa" no terreiro dos fundos e entrou correndo pela porta da sala gritando pela mulher. Mas as desgraças estavam apenas começando. Rosalvo encontrou sua esposa morta sobre a cama, havia sangue por todo o quarto, o corpo de Durvalina estava completamente destruído, parecia que estava pelo avesso. O pobre fazendeiro estava desesperado. _ Barbaridade tchê!!!! Quanta desgraça!!!!! Meu guri matou a própria mãe!!! E eu matei meu filho!!!!! Que maldição caiu sobre min!!!!! O gaucho colocava as mãos à cabeça quando um estrondo veio da cozinha. Rosalvo correu em direção do barulho para ver o que poderia ser agora. Quando chegou até a cozinha, Rosalvo que achava que já tinha visto de tudo, quase teve mais um ataque cardíaco. Uma figura gigantesca, de uns 2 metros e meio de altura estava quebrando a cozinha toda, a vil criatura se virou para Rosalvo. O mostro tinha pêlos negros e se assemelhava com um lobo de garras e dentes super afiados, babando absurdo e com olhos vermelhos de ódio e sede de sangue. Rosalvo, tomado pelo pânico, tentou fugir, mas foi atingido com um golpe que o arremessou pela janela da cozinha até o meio do terreiro. Rosalvo foi defenestrado a uma distância de uns 4 metros. A criatura começava a sair da cozinha, indo em direção dele. Rosalvo acreditou que aquele era o fim... Mas sentiu que caíra sobre a "Furiosa". Tudo depois foi uma questão de centésimos de segundo, a criatura deu um salto na direção de Rosalvo, que com muito esforço, conseguiu mirar a espingarda e puxar o gatilho. A criatura caíra ao lado do gaúcho, o tiro atingiu o peito do Lobisomem. Rosalvo se eregiu completamente zonzo, se afastou da criatura que tremia enquanto dava gritos horríveis. Aos poucos, a criatura parou de se mexer, e os pelos começaram a sumir, o corpo a mudar. Rosalvo assistia tudo aquilo com um olhar de espanto e nojo. Rosalvo ficou mais assustado ainda quando viu que aquele corpo caído no chão, era conhecido, era o corpo do Índio velho Gaudério. _ Bah!!! Mas o lobisomem era o próprio Índio???? Santa Maria!!!! Maldito índio, desgraçado!!!!!! Tu arruinastes minha vida!!!! Roneide... Durvalina... Nãoooooo!!!!!!!! O gaúcho saiu correndo em direção ao campo, gritando pelos Pampas. Faz tempo que o Sítio de Rosalvo Ruas esta abandonado. Ninguém vai até lá. Dizem que é mal assombrado e que até hoje, pode-se ouvir os lamentos do velho Rosalvo, uivando e correndo pelos Pampas gaúchos em noite de lua cheia, como um Lobisomem!!
- Spoiler:
Os contos de fadas são uma variação do conto popular ou fábula. Partilham com estes o fato de serem uma narrativa curta, transmitida oralmente, e onde o herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de triunfar contra o mal. Caracteristicamente envolvem algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento, e apesar do nome, animais falantes são muito mais comuns neles do que as fadas propriamente ditas. Alguns exemplos: "Rapunzel", "Branca de Neve e os Sete Anões" e "A Bela e a Fera".Etimologia A palavra portuguesa "fada" vem do latim fatum (destino, fatalidade, fado etc).[1] O termo se reflete nos idiomas das principais nações européias: fée em francês, fairy em inglês, fata em italiano, Fee em alemão e hada em espanhol. Por analogia, os "contos de fadas" são denominados conte de fées na França, fairy tale na Inglaterra, cuento de hadas na Espanha e racconto di fata na Itália. Na Alemanha, até o século XVIII era utilizada a expressão Feenmärchen, sendo substituída por Märchen ("narrativa popular", "história fantasiosa") depois do trabalho dos Irmãos Grimm. No Brasil e em Portugal, os contos de fadas, na forma como são hoje conhecidos, surgiram em fins do século XIX sob o nome de contos da carochinha. Esta denominação foi substituída por "contos de fadas" no século XX.
[editar] Origens A Dama do Lago do Ciclo Arturiano.Fadas são entidades fantásticas, características do folclore europeu ocidental. Apresentam-se como mulheres de grande beleza, imortais e dotadas de poderes sobrenaturais, capazes de interferir na vida dos mortais em situações-limite. As fadas também podem ser diabólicas, sendo corriqueiramente denominadas "bruxas" em tal condição; embora as bruxas "reais" sejam usualmente retratadas como megeras, nem sempre os contos descrevem fadas "do mal" como desprovidas de sua estonteante beleza.
As primeiras referências às fadas surgem na literatura cortesã da Idade Média e nas novelas de cavalaria do Ciclo Arturiano, tomando por base textos-fontes de origem reconhecidamente céltico-bretã. Tal literatura destaca o amor mágico e imortal vinculado às figuras de fadas como Morgana e Viviana, o que evidencia o status social elevado das mulheres na cultura celta, na qual possuíam uma ascendência e um poder muito maiores do que entre outros povos contemporâneos (ou posteriores). Conforme destaca Coelho:[2]
“ Na maioria das tradições, as fadas aparecem ligadas ao amor, ou sendo elas próprias as amadas, ou sendo mediadoras entre os amantes. A partir da cristianização do mundo, foi esse último sentido que predominou, perdendo-se completamente aquela outra dimensão "mágica", sobrenatural. ”
[editar] Características dos contos de fadas Podem contar ou não com a presença de fadas, mas fazem uso de magia e encantamentos; Seu núcleo problemático é existencial (o herói ou a heroína buscam a realização pessoal); Os obstáculos ou provas constituem-se num verdadeiro ritual de iniciação para o herói ou heroína; [editar] Morfologia dos contos de fadas Em seu famoso estudo sobre o conto maravilhoso (no qual inclui os contos de fadas), V.I. Propp afirma que ele "atribui freqüentemente ações iguais a personagens diferentes".[3] Estas ações (mais adiante denominadas "funções") nos permitiriam estudar os personagens dos contos a partir das mesmas. Tendo isto em vista, Propp elabora quatro teses principais:
"Os elementos constantes, permanentes, do conto maravilhoso são as funções dos personagens, independentemente da maneira pela qual eles as executam. Essas funções formam as partes constituintes básicas do conto." "O número de funções dos contos de magia conhecidos é limitado." "A seqüência das funções é sempre idêntica." "Todos os contos de magia são monotípicos quanto à construção." Contudo, as teses de Propp foram objeto de críticas, particularmente por parte do antropólogo Claude Lévi-Strauss. No ensaio "A estrutura e a forma" (publicado nesta mesma edição da obra de Propp), ele observa:
“ Vimos que o conto de fadas é uma narrativa explicitando funções, cujo número é limitado e cuja ordem de sucessão é constante. A diferença formal entre vários contos resulta da escolha, operada individualmente, entre as trinta e uma funções disponíveis e da eventual repetição de certas funções. Mas nada impede a realização de contos com a presença de fadas, sem que a narrativa obedeça à norma precedente; é o caso dos contos fabricados, dos quais podemos encontrar exemplos em Andersen, Brentano e Goethe. Inversamente, a norma pode ser respeitada apesar da ausência de fadas. O termo 'conto de fadas' é, pois, duplamente impróprio. ”
[editar] O significado oculto dos contos de fadas Ao longo dos últimos 100 anos, os contos de fadas e seu significado oculto têm sido objeto da análise dos seguidores de diversas correntes da psicologia. Sheldon Cashdan,[4] por exemplo, sugere que os contos seriam "psicodramas da infância" espelhando "lutas reais". Na visão de Cashdan,[5] "embora o atrativo inicial de um conto de fada possa estar em sua capacidade de encantar e entreter, seu valor duradouro reside no poder de ajudar as crianças a lidar com os conflitos internos que elas enfrentam no processo de crescimento".
Cashdan [6] prossegue em sua análise sobre a vinculação entre os contos de fadas e os conflitos internos infantis:
“ Cada um dos principais contos de fadas é único, no sentido em que trata de uma predisposição falha ou doentia do eu. Logo que passamos do "era uma vez", descobrimos que os contos de fada falam de vaidade, gula, inveja, luxúria, hipocrisia, avareza ou preguiça - os "sete pecados capitais da infância". Embora um determinado conto de fada possa tratar de mais de um "pecado", em geral um deles ocupa o centro da trama. ”
O processo pelo qual as crianças podem utilizar os contos de fadas na resolução de seus próprios problemas é explicitado mais adiante:[7]
“ O modo pelo qual os contos de fada resolvem esses conflitos é oferecendo às crianças um palco onde elas podem representar seus conflitos interiores. As crianças, quando ouvem um conto de fada, projetam inconscientemente partes delas mesmas em vários personagens da história, usando-os como repositórios psicológicos para elementos contraditórios do eu. ”
Já os jungianos, vêem nas personagens dos contos "figuras arquetípicas", que, segundo Franz,[8] "à primeira vista, não têm nada a ver com os seres comuns ou com os caracteres descritos pela Psicologia".
[editar] A jornada interior Pelo seu núcleo problemático ser existencial, os contos de fadas podem também ser encarados como "uma jornada em quatro etapas, sendo cada etapa da jornada uma estação no caminho da autodescoberta":[9]
TRAVESSIA: "leva o herói ou heroína a uma terra diferente, marcada por acontecimentos mágicos e criaturas estranhas". ENCONTRO: "com uma presença diabólica –uma madrasta malévola, um ogro assassino, um mago ameaçador ou outra figura com características de feiticeiro". CONQUISTA: "o herói ou heroína mergulha numa luta de vida ou morte com a bruxa, que leva inevitavelmente à morte desta última". CELEBRAÇÃO: "um casamento de gala ou uma reunião de família, em que a vitória sobre a bruxa é enaltecida e todos vivem felizes para sempre". [editar] Tradição oral e escrita A Dama do Lago seqüestra Lancelot (ilustração de George Wooliscroft & Louis Rhead, 1898).Conforme registra Squire,[10] "uma mitologia deve ser sempre mais velha do que os mais antigos versos e histórias que a celebram. Poemas e sagas elaborados não são feitos num dia, ou num ano". Efetivamente, embora a tradição oral céltica do "conto mágico" possa ser velha de milhares de anos, foi somente no século VII, com a transcrição do poema épico anglo-saxão Beowulf que ela começou a ter registro material. As fadas, contudo, precisariam esperar até o século IX para serem registradas nas páginas dos Mabinogion, texto galês composto por quatro histórias distintas.
Os Mabinogion não assinalam somente o surgimento das fadas, mas também a transformação das aventuras reais que porventura podem ter dado origem ao Ciclo Arturiano, em lendas. Um dos quatro poemas narrativos que o compõe, "O Sonho de Rhonabry", descreve a luta do rei Artur contra os romanos. Após ser traído por seu sobrinho Morderete (posteriormente transformado num filho ilegítimo, Sir Mordred) e mortalmente ferido, o rei é levado pelas fadas para a mítica ilha de Avalon, onde elas residem.
Em 1155, o Roman de Brut de Wace retoma as aventuras lendárias de Artur e seus cavaleiros. Em destaque, a figura da fada Viviana que cria, no lago onde vive, um menino que havia encontrado abandonado (e que, futuramente, se transformaria em Sir Lancelot, o Cavaleiro do Lago). Posteriormente, a personalidade de Viviana sofre transformações ao longo de diversas histórias: de protetora de Lancelot, torna-se companheira do mago Merlin e, finalmente, surge como uma "sedutora maligna" [11] que aprisiona o mago num círculo mágico.
Ainda no século XII, os Lais de Marie de France cumpriram o papel de diluir a cultura céltico-bretã pelas cortes de toda a Europa e facilitar sua absorção pelo cristianismo. Neste processo, no entanto, os mitos poéticos celtas gradualmente perderam sua dimensão sobrenatural. Conforme assinala Graves,[12] embora o cristianismo possua um forte elemento mítico, esta palavra adquiriu após ele um significado de "fantasioso, absurdo, não-histórico". Os culpados por isso teriam sido justamente os trovadores franco-normandos, que transformaram o que era originalmente uma "linguagem mágica" [13] em vulgares romances de cavalaria.
[editar] A evolução dos contos de fadas Chapéuzinho Vermelho divide o leito com o lobo (ilustração de Gustave Doré).Diferentemente do que se poderia pensar, os contos de fadas não foram escritos para crianças, muito menos para transmitir ensinamentos morais (ao contrário das fábulas de Esopo). Em sua forma original, os textos traziam doses fortes de adultério, incesto, canibalismo e mortes hediondas. Segundo registra Cashdan:[14]
“ Originalmente concebidos como entretenimento para adultos, os contos de fadas eram contados em reuniões sociais, nas salas de fiar, nos campos e em outros ambientes onde os adultos se reuniam - não nas creches. ”
Mais adiante, Cashdan [14] exemplifica:
“ É por isso que muitos dos primeiros contos de fada incluíam exibicionismo, estupro e voyeurismo. Em uma das versões de Chapeuzinho Vermelho, a heroína faz um striptease para o lobo, antes de pular na cama com ele. Numa das primeiras interpretações de A bela adormecida, o príncipe abusa da princesa em seu sono e depois parte, deixando-a grávida. E no conto A Princesa que não conseguia rir, a heroína é condenada a uma vida de solidão porque, inadvertidamente, viu determinadas partes do corpo de uma bruxa. ”
Ainda conforme Cashdan,[15] "alguns folcloristas acreditam que os contos de fada transmitem 'lições' sobre comportamento correto e, assim, ensinam aos jovens como ter sucesso na vida, por meio de conselhos.(…)A crença de que os contos de fada contêm lições pode ser, em parte, creditada a Perrault, cujas histórias vem acompanhadas de divertidas 'morais', muitas das quais inclusive rimadas". E ele conclui: "os contos de fada possuem muitos atrativos, mas transmitir lições não é um deles".[16]
[editar] Fadas em transição A Rainha Mab.Depois de seu aparecimento no ciclo literário da "matéria da Bretanha" nos séculos XII e XIII, através de Maria de França e Chrétien de Troyes, entre outros, as fadas voltaram ao centro das atenções com a figura ambígua de Melusina (druidesa ou fada? mulher ou serpente?), personagem do romance Melusine, publicado no século XIV na França e que fez sucesso por mais de 100 anos.
A partir do século XVI, os contos de fadas (ainda pensados para adultos), começaram a ser reunidos em coletâneas, entre as quais se destacam:
Noites prazerosas, de Straparola (século XVI): escritas por Gianfrancesco Straparola da Caravaggio em duas etapas (1550 e 1554). Ele reuniu nesta coletânea várias narrativas contadas nas diversas províncias italianas. O conto dos contos, de Basile (século XVII): coletânea escrita por Giambattista Basile, foi publicada pela primeira vez em Nápoles, em 1634. Nela, Basile recria contos de fada (ou "de encantamento") da tradição popular napolitana, tendo como narrativa-moldura a história de Zoza, uma princesa melancólica que nada fazia sorrir. O subtítulo da obra, Pentameron, é uma alusão ao Decameron de Bocaccio, e também ao fato de que a narrativa transcorre ao longo de cinco dias ("penta"=cinco). Dos contos de Basile saíram alguns outros posteriormente popularizados por Perrault: "Cogluso" é a base de "O Gato de Botas"; "Sole, Luna e Talia" deu origem a "A Bela Adormecida"; de "Zezolla" surgiu "A Gata Borralheira" etc. O Renascimento veria ainda o surgimento de várias outras obras influenciadas pela atmosfera mágica céltico-bretã. O próprio Shakespeare apresenta um rei dos duendes (Oberon), uma rainha das fadas (Titânia) e um duende (Puck) em sua peça "Sonho de uma noite de verão". Mesmo numa obra mais "séria", como "Romeu e Julieta", o Bardo introduz uma fada, a Rainha Mab.
É nesta mesma tradição que Camões apresenta em "Os Lusíadas" o episódio da Ilha dos Amores, uma reminiscência da ilha de Avalon e das Ilhas Afortunadas habitadas pelas fadas, onde os navegantes portugueses são acolhidos por "ninfas" após "seus esforçados trabalhos". Todavia, em fins do século XVII este conteúdo feérico já havia sido esvaziado do seu significado mítico original, e, cada vez mais passou a ser visto apenas "como uma relíquia esquisita da infância da humanidade".[13]
[editar] Romances preciosos De fins do século XVII até pouco antes da Revolução Francesa no século XVIII, a decadência do racionalismo clássico deu margem ao surgimento de uma literatura "extra-oficial" que celebrava a "exaltação da fantasia, do imaginário, do sonho, do inverossímil".[17] Em sua produção e divulgação destacou-se o papel das preciosas, mulheres cultas que reuniam em seus "salões" a elite intelectual da época, muitas vezes para apreciar exclusivas dramatizações de contos de fadas.
Uma das preciosas mais conhecidas, tanto por sua produção literária quanto por sua vida escandalosa, foi a jovem baronesa Madame D'Aulnoy, que em 1690 publicou o "romance precioso" História de Hipólito, onde há um episódio, a "História de Mira", protagonizado por uma fada. Mira transformou-se num sucesso e lançou moda na corte francesa, fazendo com que Mme. D'Aulnoy escrevesse mais oito romances feéricos entre 1696 e 1698, dentre os quais se destacam Contos de Fadas, Novos Contos de Fadas e Ilustres Fadas. Nas páginas destas obras surgem contos como "O pássaro azul", "A princesa de cabelos de ouro", "O ramo de ouro", posteriormente reaproveitados como literatura infantil.
O ambiente propício criado pelos romances preciosos possibilitou a acolhida de As mil e uma noites no início do século XVIII, e perdurou até fins do século, quando, entre 1785 e 1789 foi publicada a série "Gabinete de Fadas - Coleção Escolhida de Contos de Fadas e Outros Contos Maravilhosos". Seus 41 volumes, escritos por vários autores, marcam o fim deste tipo de produção literária voltado exclusivamente para o público adulto.
[editar] Contos de fadas para crianças As versões infantis de contos de fadas hoje consideradas clássicas, devidamente expurgadas e suavizadas, teriam nascido quase por acaso na França do século XVII, na corte de Luís XIV, pelas mãos de Charles Perrault.[18] Para Sheldon Cashdan, em referência aos países de língua inglesa, a transformação dos contos de fadas em literatura infantil (ou sua popularização) só teria mesmo ocorrido no século XIX, em função da atividade de vendedores ambulantes ("mascates") que viajavam de um povoado para o outro "vendendo artigos domésticos, partituras e pequenos volumes baratos chamados de chapbooks".[19] Estes chapbooks (ou cheap books, "livros baratos" em inglês), eram vendidos por poucos centavos e continham histórias simplificadas do folclore e contos de fadas expurgados das passagens mais fortes, o que lhes facultava o acesso a um público mais amplo e menos sofisticado.
[editar] Perrault e a Mãe Gansa Ilustração de Contes de ma Mère l'Oye por Gustave Doré.Em 1697, Perrault publicou Contes de ma Mère l'Oye ("Contos da minha Mãe Gansa"), uma coletânea de narrativas populares folclóricas e que, num primeiro momento, não se destinavam a crianças, mas a embasar a defesa da literatura francesa (considerada inferior aos clássicos greco-romanos por acadêmicos da época) e da causa feminista, que possuía como uma de suas líderes a sobrinha de Perrault, Mlle. Héritier. As duas primeiras adaptações ("A paciência de Grisélidis", de 1691 e "Os desejos ridículos", de 1694) reforçam esta tese. Apenas em 1696, com a adaptação de "A Pele de Asno" é que Perrault manifesta a intenção de escrever para crianças, principalmente meninas, orientando sua formação moral.
A Mère l'Oye era uma figura familiar dos velhos contos folclóricos franceses, sempre cercada pelos filhotes que ouviam suas histórias fascinados. Todavia, pelo hábito das mulheres contarem histórias enquanto teciam durante os dias longos de inverno, a capa do livro foi ilustrado com a vinheta de uma velha fiandeira, não de uma gansa. A Mère l'Oye passou então a ser associada com a figura da fiandeira, que ganhou nomes locais nos vários países onde os contos foram traduzidos ("Carochinha", por exemplo).
Principais contos da "Mère l'Oye": A Bela Adormecida no Bosque, Chapeuzinho Vermelho, O Barba Azul, O Gato de Botas, As Fadas, A Gata Borralheira, Henrique de Topete e O Pequeno Polegar. [editar] Os Irmãos Grimm e o Espírito Teutônico Capa da edição de 1812 de Kinder und Hausmaerchen.Depois de atravessar uma fase de desinteresse por parte do público adulto após a Revolução Francesa, os contos de fadas despertaram novamente a atenção dos pesquisadores no início do século XIX, graças aos estudos de Gramática Comparada que, tomando o sânscrito por base, buscavam descobrir a evolução das diversas línguas e dialetos, e assim, determinar a identidade nacional de cada povo.
Tendo isto em mente, mais de 100 anos após Perrault ter publicado as histórias da Mãe Gansa, os folcloristas Jacob e Wilhelm Grimm, integrantes do Círculo Intelectual de Heidelberg, efetuaram um trabalho de coleta de antigas narrativas populares com o qual esperavam caracterizar o que havia de mais típico no espírito do povo alemão (mesmo que muitas destas narrativas originalmente nada tivessem de germânicas). Como principais fontes da tradição oral, os Grimm se valeram da prodigiosa memória da camponesa Katherina Wieckmann e de uma amiga da família, Jeannette Hassenpflug, de ascendência francesa.
Como resultado de sua pesquisa, entre 1812 e 1822, os irmãos Grimm publicaram uma coletânea de 100 contos denominada Kinder und Hausmaerchen ("Contos de fadas para crianças e adultos"). As inúmeras semelhanças de episódios e personagens com aqueles das histórias de Perrault evidenciam que mais do que um fundo comum de fontes folclóricas, os Grimm podem ter simplesmente lançado mão de adaptações das histórias recolhidas pelo estudioso francês.
Principais contos de "Kinder und Hausmaerchen": Pele de Urso, A Bela e a Fera, A Gata Borralheira e João e Maria. [editar] Andersen: o "Pai" da Literatura Infantil Já imbuído do forte (e melancólico) espírito do Romantismo, o poeta e novelista dinamarquês Hans Christian Andersen escreveu cerca de duzentos contos infantis, parte retirados da cultura popular, parte de sua própria lavra. Publicados com o título geral de Eventyr ("Contos"), entre 1835 e 1872, eles consagraram Andersen como o verdadeiro criador da literatura infantil.
Principais contos de "Eventyr": A Roupa Nova do Imperador, O Patinho Feio, Os Sapatinhos Vermelhos, A Pequena Sereia, A Pequena Vendedora de Fósforos, A Princesa e a Ervilha. [editar] Carroll e Collodi: o "fantástico absurdo" Na segunda metade do século XIX, os contos de fadas começam novo ciclo de decadência. Em lugar do sobrenatural, o nonsense de base racionalista. O principal representante desta nova escola é Lewis Carroll, a partir do livro "Alice no País das Maravilhas", de 1865. Outro que obteve êxito em fundir o maravilhoso com o racionalismo foi o italiano Carlo Collodi, que em 1883 publicou "Pinóquio", um dos maiores sucessos da literatura infantil mundial. É ali que surge não somente o boneco cujo sonho era se transformar em gente, mas a Fada Azul, uma benfeitora mágica capaz de transformar sonhos em realidade.
Referências ↑ Estudo das diversas modalidades de textos infantis. Página visitada em 06-05-2009. ↑ Coelho 1987:34 ↑ Propp 1984:25 ↑ Cashdan 2000:33 ↑ Cashdan 2000:25 ↑ Cashdan 2000:28 ↑ Cashdan 2000:31 ↑ Franz 1995:18 ↑ Cashdan 2000:48 ↑ Squire 2003:24 ↑ Coelho 1987:59 ↑ Graves 2003:16 ↑ a b Graves 2003:12 ↑ a b Cashdan 2000:20 ↑ Cashdan 2000:23 ↑ Cashdan 2000:24 ↑ Coelho 1987:70 ↑ Coelho 1987:16 ↑ Cashdan 2000:20-1 [editar] Bibliografia CASHDAN, Sheldon. 'Os 7 pecados capitais nos contos de fadas: como os contos de fadas influenciam nossas vidas'. Rio de Janeiro: Campus, 2000. COELHO, Nelly Novaes. 'O Conto de Fadas'. São Paulo: Ática, 1987. FRANZ, Marie-Louise von. 'O feminino nos contos de fadas'. Petrópolis,RJ: Vozes, 1995. GELDER, Dora Van. 'O mundo real das fadas'. São Paulo: Pensamento, 1986. GRAVES, Robert. 'A Deusa Branca: uma gramática histórica do mito poético'. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003. PROPP, Vladimir I.. 'Morfologia do conto maravilhoso'. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1984. SQUIRE, Charles. 'Mitos e Lendas Celtas: Rei Artur, deuses britânicos, deuses gaélicos e toda a tradição dos druidas'. Rio de Janeiro: Record:Nova Era, 2003.
| |
| | | Fenrir Senpai Fenrir
Mensagens : 13514 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 28 Localização : Reino Ametista
Ficha do personagem Nome: Nome do grupo: Poder:
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 4:29 pm | |
| - Spoiler:
A história da literatura é a disciplina que estuda a evolução da literatura, seja em prosa ou poesia, por meio dos movimentos literários e das relações entre a História e a literatura.
narrativa não começa com a escrita. No sentido restrito da escrita (literatura vem do latim "littera", que quer dizer "letras"), a literatura só se torna possível com a escrita, embora não tenha surgido com ela.
A literatura e a escrita, embora tenham conexões entre si, não são sinônimos. Os primeiros registros escritos da história da humanidade não são literatura.
Há contróvérsias dos estudiosos que discordam sobre quando os registros antigos se convertem em algo mais semelhante à literatura narrativa.
Um problema ao tratarmos da história da literatura é que muitos textos vão desaparecendo ao longo do tempo, por acidente ou pela total extinção da cultura que os originou.
Certos tempos primários podem ser considerados como os primeiros passos da literatura. Exemplos muitos antigos são Poema de Gilgamesh, em sua versão de aproximadamente 2000 a.C., e o Livro dos mortos, escrito em Papiro de Ani aproximadamente 250 a.C., mais provavelmente na data do Século XVII a.C.
Muitos textos se expandiram por forma oral durante vários e vários séculos antes que fossem escritos, e esses são dificeis de datar. O núcleo do Rig Veda parece datar de meados do século II a.C. Rig Veda.
O Pentateuco normalmente se fecha ao redor do Século XV a.c. Outras tradições orais foram passadas em forma de escrita muito tarde, como a Edda em verso, escrita no século XIII. Tao Te Ching edição Wang Bi: um dos antigos escritos chineses mais conhecidos e importantes. [editar] Mesopotâmia
É a literatura escrita em sumério, babilônico, acádico, hitita, e outras línguas da Mesopotâmia. Desenvolveu-se nas principais cidades mesopotâmicas (Abu Salabikh, Uruk, Girsu, Nippur, Sippar e Ur).
A literatura sapiencial mesopotâmica serve de base para os escritos de Hesíodo. [editar] China
Ver artigo principal: Literatura chinesa
A literatura chinesa iniciou-se faz mais de três mil anos. Os primeiros documentos escritos que se podem considerar literatura provém da dinastia Zhou.
O primeiro e grande autor de táticas militares e estrategia foi Sun Tzu com A Arte da Guerra, um autor tão estudado e lido ainda hoje, tanto quanto o estrategista Clausewitz.
A filosofia chinesa seguiu um caminho distinto da grega - no lugar de apresentar diálogos extensos, optou por Analectos. Confúcio empregava sempre provérbios morais cujos temas principais são o amor e o respeito à natureza, aos mais velhos, à sociedade e à religião. [editar] Literatura antiga do Japão
Ver artigo principal: Literatura japonesa
No chamado período arcaico, entre os séculos 3 e 6 depois de Cristo, o Japão produziu suas primeiras obras literárias: as crônicas Kojiki e Nihonshoki, assim como as poesias Manyoshu. O período clássico da literatura japonesa começou no final do século VIII. [editar] Europa [editar] Antiguidade Clássica
A maior antiguidade clássica foi uma escultura feita por Acaciano um dos maiores artistas plásticos já existentes, cujo nome era chamada de "Amandita" uma linda mulher que existiu no começo do sec.XI, uma granda guerreira. [editar] Os Gregos Os primeiros versos da Ilíada.
A literatura grega teve um papel fundamental na história da literatura ocidental.
A contribuição grega não se resume apenas aos poemas épicos atribuídos a Homero, mas também à primeira dramaturgia européia; aos poetas líricos; aos mitos fixados por Hesíodo, Pausânias e outros; à filosofia; à História, inventada como disciplina por Heródoto; à medicina, cuja literatura foi inaugurada na Europa por Hipocrátes; e muitas outras contribuições.
Muitos estudiosos consideram que a tradição literária ocidental começou com os poemas épicos da Ilíada, que conta a história da Guerra de Tróia, e a Odisséia, que conta a história do retorno para casa de Ulisses, um dos heróis gregos da Guerra de Tróia. Estes poemas épicos eram atribuídos ao aedo Homero, na Grécia antiga, mas hoje é geralmente aceito que Homero é uma personagem lendária, reunião de vários poetas que foram construindo o texto oralmente até a sua fixação escrita no século VI a.C., em Atenas.
Hesíodo escreveu os poemas Teogonia, sobre a origem dos deuses, e Os trabalhos e os dias, sobre lendas e mitos e também sobre o valor do trabalho. Ele foi um poeta tão valorizado quanto Homero entre os antigos gregos.
Entre os poetas posteriores foi notável Safo, que usou a forma da poesia lírica como gênero.
O dramaturgo Ésquilo começou na literatura ocidental introduzindo sempre o diálogo e a interação com o teatro. É considerado o fundador da tragédia. A sua obra chamada Orestéia (ou Oréstia), foi uma das mais pungentes tragédias da Grécia Antiga narrando o drama protagonizado pelos últimos Atridas e que vieram completas para nós. Busto de Ésquilo. Museu Capitolino Roma.
Outros talentos dramáticos foram Sófocles (em suas tragédias, mostra dois tipos de sofrimento: o que decorre do excesso de paixão e o que é conseqüência de um acontecimento acidental. Reduziu a importância do coro no teatro grego, relegando-o ao papel de observador do drama que se desenrola à sua frente), e Eurípedes que utilizou o teatro para desafiar as normas sociais. Já Aristófanes, um comediante, usou as mesmas idéias, só que em um tom menos trágico em suas duas obras: Lisístrata e As vespas. Aristófanes.
Aristóteles, aluno de Platão, escreveu dezenas de trabalhos em muitas disciplinas cientificas, e sua contribuição maior na literatura foi provavelmente sua Arte Poética, onde implanta sua concepção do drama e estabelece parámetros para a crítica literária. [editar] Roma
Ver artigo principal: Literatura romana
Virgílio (Mosaico)
Em muitos aspectos, os escritores da República Romana e do Império Romano quiseram evitar a inovação a favor de imitar aos grandes autores gregos. A Eneida de Virgílio é um exemplo da época. Plauto, dramaturgo cômico, seguiu os passos de Aristófanes; na obra Metamorfoses, de Ovídio, ele retratou o mundo segundo o ponto de vista da mitologia greco-romana.
Uma das poucas criações literárias romanas foi a sátira. Horácio foi o primeiro a usá-la como ferramenta argumental. [editar] Idade Média (séculos V-XV) [editar] Europa Um livro medieval.
Ver artigo principal: Literatura medieval
Depois da queda de Roma (em 476), muitos dos estilos literários inventados pelos gregos e romanos deixaram de usar-se na Europa até o renascimento florentino.
No Islã, se difundiou em Ásia e África, preservando as obras gregas e baseando-se nelas para novos enredos literários. Tirando o fato que se havia perdido muitos trabalhos devido aos passos do tempo e às catástrofes (como da biblioteca de Alexandria), numerosos trabalhos foram preservados e copiados cuidadosamente pelos escribas muçulmanos. [editar] Literatura Latina
Ver artigo principal: Literatura latina
Entre os textos europeus frequentes temos as hagiografias. Algumas obra de Beda e até outras continuam na tradição histórica passada na fé comentada por Eusébio de Cesareia ao redor do ano 300. Beda representado num manuscrito medieval.
No ano de 400, com a Psychomachia (título em espanhol) de Prudencio, começou a tradição dos contos alegóricos, então socorrida na literatura medieval. Rei Artur - Escultura da Era Vitoriana.
Geoffrey de Monmouth escreveu sua Historia Regum Britanniae (História dos reis de Bretanniae), que apresentou como textos reais da história de Grã-Bretanha. Entre elas estão as de Merilin, o mago e o Rei Artur.
O interesse dos muçulmanos por preservar os escritos filosóficos e científicos gregos chegaria a afetar a escritura na Europa; por exemplo, a obra do célebre teólogo Tomás de Aquino tem forte influência aristotélica. [editar] Literatura vernácula
A poesia e as canções de gesta, sendo que as mais antigas formas conhecidas datam de fins do século XI e do início do século XII, quase 100 anos antes do surgimento da poesia lírica dos trovadores e dos mais antigos romances em verso. A primeira página do Beowulf: fonte de inspiração para Tolkien.
A poesia épica continuou desenrolando-se com a adição temática das mitologias da Europa do norte; Beowulf apresenta uma visão da guerra e da honra similar à de Homero e Virgílio.
Em novembro de 1095 o Papa Urbano II deu início à Primeira Cruzada no Concílio de Clermont. As cruzadas afetaram, em todos os aspectos, a vida na Europa e no Oriente médio; a literatura também foi transformada por essas guerras. Por exemplo, a imagem do cavaleiro adquiriu um significado novo. Dante.
Obras e autores importantes do período são: Petrarca; o Decamerão de Boccaccio; A Divina Comédia e os poemas de Dante Alighieri; os Contos da Cantuária de Geoffrey Chaucer. [editar] Oriente médio [editar] Antiga literatura árabe
A literatura árabe surge aproximadamente no século VIII, com duas importantes recompilações: o Mu'allaqat e o Mufaddaliyat. Simbad também é bastante conhecida atualmente.
O Corão ou Alcorão, livro sagrado do Islão, data do século VII d.C. É a obra mais complexa em estrutura (tem 114 capítulos que reúnem 6,236 estrofes que misturam prosa e poesia).
Outra importante obra é a tradição Hadith - Os Ditos do Profeta, baseada nos dizeres do Profeta Mohammad (Muhammad, Mohammed ou Maomé), cujas recompilações mais importantes são as de Muslim b. al-Haýýaý, e a de Muhammad ibn Isma'il al-Bukhari. O Profeta Mohammad também inspirou as primeiras biografias em árabe, conhecidas como al-sirah al-nabawiyyah; As Mil e Uma Noites.
A grande obra da literatura de ficção árabe é As Mil e uma Noites, sem dúvida o mais conhecido de sua literatura e cultura. Há a crença de que algumas histórias tem suas origens na Índia. As Mil e uma Noites datam provavelmente dos séculos XIII e XVI.
Entre as inovações da escritura na literatura árabe se encontra na perspectiva cronística de Ibn Khaldun, que retrata toda explicação sobrenatural no tom de enfoque científico da sociologia e da história. [editar] Literatura Persa
Da cultura persa, o livro provavelmente mais famoso no ocidente é o Rubaiyat (esse título está escrito em linguagem espanhol), uma coleção de poemas com estrofes de quatro linhas, do escritor, matemático e astrônomo Omar Jayyam (1048-1122). [editar] Asia (Extremo Oriente) [editar] Literatura chinesa
Ver artigo principal: Literatura da China
A poesia lírica se revolucionou muito mais na China do que na Europa ao redor do século X, durante as dinastias Han, Tang e Song surgiram muitas formas de poesias novas. Provavelmente os melhores poetas chineses foram Li Bai e Du Fu. [editar] Literatura Japonesa
Ver artigo principal: Literatura do Japão
Destaca-se as mais de mil histórias da China, da Índia e Japão, reunidas em Konjaku Monogatarishu. Outros grandes mestres antigos podem ser encontrados em literatura japonesa. [editar] Literatura moderna européia (séculos XV-XVIII) [editar] Literatura renascentista
A renovação geral no conhecimento que começou na Europa e o descobrimento do mundo novo em 1492, trouxe consigo uma nova concepção da ciência e das investigações e formas distintas de fazer arte.
Surgiu então uma forma literária que logo desembocaria a novela, que tomou renome nos séculos posteriores. Uma das mais conhecidas dessa primeira época é A Utopia, de Thomas More.
Já as obras dramáticas de entretenimento (opostas ao propósito da moral) voltaram à cena. William Shakespeare é um dos mais conhecidos nomes no teatro e talvez o mais notável, embora existam outros, como Christopher Marlowe, Molière e Ben Johson.
William Shakespeare
Molière
Christopher Marlowe
Ben Jonson
Don Quixote de la Mancha, de Miguel de Cervantes, é chamado de a primeira novela (ou a primeira das novelas européias modernas). Foi publicada em duas partes, a primeira em 1602 e a segunda em 1615. Pode ser vista como uma paródia das novelas cavaleirescas, na qual a diversão provém de uma nova forma de tratar as lendas heróicas populares. [editar] Literatura Barroca
Entre os escritores barrocos estão, em espanhol Luis de Góngora, Francisco de Quevedo e Villegas, Sor Juana, Bernardo de Balbuena; em catalão Francesc Fontanella, Francesc Vicenç Garcia, Josep Romaguera; em português António Vieira, Gregório de Matos, Francisco Rodrigues Lobo; em inglês os poetas metafísicos (John Donne, George Herbert, Andrew Marvell, Henry Vaughan e em alemão Andreas Gryphius). [editar] Literatura ilustrada e neoclássica
Pode dar o nome do período de literatura ilustrada os anos que vão de 1689, em que se publica o Ensaio sobre o entendimento humano de John Locke e 1785, em que se publicam As aventuras do jovem Werther, de Goethe. Nesse lapso, nasce na França um grande esforço intelectual: L'Encyclopédie. [editar] Literatura moderna Asia (Extremo Oriente) [editar] Literatura moderna India
Ver artigo principal: Literatura da India
Sarojini Sahoo é uma figura expoente e formadora de opinião em feminismo na literatura Oriya contemporânea. Para ela, o feminismo não é um “problema de gênero” ou uma espécie de ataque ou confrontação à hegemonia masculina. Portanto, sua abordagem é bastante diferente daquela de Virginia Woolf ou de Judith Butler. Ela aceita o feminismo como uma condição total de feminilidade o que é completamente desvinculado do mundo masculino. Ela escreve com uma consciência maior do corpo feminino, o que criaria um estilo mais honesto e apropriado de abertura, fragmentação e não-linearidade. Suas ficções sempre projetam a sensibilidade feminina desde a puberdadeaté a menopausa. Os sentimentos femininos, como restrições morais na adolescência, gravidez, o fator medo de ser estuprada ou ser condenada pela sociedade e o conceito de menina má, etc, sempre têm uma exposição temática em suas novelas e contos. Sarojini Sahoo é considerada a Simone de Beauvoir da Índia. Seu feminismo é sempre conectado com as políticas sexuais de uma mulher. Ela nega os limites patriarcais de expressão sexual para uma mulher e identifica a liberação sexual feminina como o motivo real por trás do movimento das mulheres. Para ela, o orgasmo é o chamado natural do corpo para a política feminista: se ser uma mulher é tão bom assim, as mulheres devem valer alguma coisa. Suas novelas como Upanibesh, Pratibandi e Gambhiri Ghara cobrem uma miríade de áreas da sexualidade à filosofia , da política do lar à política do mundo. - Spoiler:
A história da arte é uma disciplina que estuda a evolução das expressões artísticas, a constituição e a variação das formas, dos estilos, dos conceitos transmitidos através das obras de arte.
Costuma referir-se à história das artes visuais mais tradicionais, como a pintura, escultura e arquitetura.
Se bem que as idéias sobre a definição de arte tenham sofrido mudanças ao longo do tempo, o campo da história da arte tenta categorizar as mudanças na arte ao longo do tempo e compreender melhor a forma como a arte modela e é modelada pelas perspectivas e impulsos criativos dos seus praticantes. Embora muitos pensem na história da arte simplesmente como o estudo da sua evolução ocidental, o assunto inclui toda a arte, dos megalitos da Europa Ocidental às pinturas da dinastia Tang, na China.
Estudo acadêmico
Johann Joachim Winckelmann, no século XVIII, estabeleceu os fundamentos para o estudo da história da arte. Mas esse tipo de história só se tornou uma disciplina acadêmica a partir de 1844, na Universidade de Berlim.
Abordagens sobre a história da arte, no século XIX:
* Contexto social da arte: ver Jacob Burckhardt; * Aspectos formais da arte: ver Heinrich Wölfflin
No século XX, Erwin Panofsky rejeita o formalismo de Wölfflin em seus estudos de iconografia. Ernst Gombrich, foi uma figura importante nessa área, com sua popular divulgação da História da Arte (1950) e seu relativismo cultural. Em recentes tendências dos estudos históricos de arte, a partir dos anos de 1980, houve uma valorização das ideologias de determinados grupos sociais, como os estudos feministas por exemplo. [editar] Cursos de Graduação em História da Arte no Brasil
Universidades Públicas
Região Sudeste
* UERJ * UNIFESP
Região Sul
* UFRGS
[editar] Introdução aos grandes momentos da história da arte [editar] Arte rupestre
Ver artigo principal: arte rupestre
A arte rupestre é a primeira demonstração de arte que se tem notícia na história humana. Seus vestígios datam de antes do desenvolvimento das grandes civilizações e tribos, como as do Antigo Egito. Esse tipo de arte era caracterizado por ser feito com materiais como terra vermelha, carvão, e pigmentos amarelos (retirados também da terra). Os desenhos eram realizados em peles de animais, cascas de árvores, e, principalmente, em paredes de cavernas. Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões. Apesar do desenvolvimentos primitivo, podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das figuras). Apesar de serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso deles é o das cavernas de Lascaux, na França. [editar] Características da arte na pré-história e suas diferenças com a arte na atualidade
As características da arte na pré-história podem ser inferidas a partir dos povos que vivem atualmente ou viveram até recentemente na pré-historia (por exemplo, os aborígenes, os índios). Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separada das outras esferas da vida. Ela não se separava dos mitos, da economia, da política, e essas atividades também não eram separadas entre si. Todas essas esferas formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética, porque nada era puramente utilitário, como são hoje um abridor de latas ou uma urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, econômico e estético. E todos participavam nessas coisas.
A arte como uma palavra que designa uma efera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os camponeses com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e a palavra que a designa.
Mas antes do renascimento, os artesãos eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra "artesanato". Então a arte ainda era raramente separável da economia (embora na grécia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia), por isso, a palavra "arte" era sinônimo de "técnica", ou seja,"produzir alguma coisa" num contexto urbano. No renascimento, alguns artesãos foram sustentados por nobres, os mecenas (os Médici, por exemplo), apenas para que produzissem arte, uma arte realmente "pura". Surgiu então a arte como a arte que conhecemos hoje, assim como a categoria daqueles que passaram a ser chamados de "artistas".
Arte da Pré-História Chûn Quoit (small).jpg
* Arte do Paleolítico * Arte do Neolítico (Arquitectura do Neolítico) * Arte rupestre (Pintura) | Arquitectura da Pré-História (Dólmen | Menir | Megálito | Cromlechs)
Arte da antiguidade Arte da Mesopotâmia Pergamonmuseum Babylon Ischtar-Tor.jpg
* Arte da Suméria * Arte da Assíria * Arte da Babilônia * Arte da Pérsia (Arquitectura)
Arte do vale do Nilo Tutanchamun Maske.jpg
* Arte egípcia (Arquitectura | Pintura | Escultura)
Arte celta Ireland-High-Cross.jpg
* Arte celta
Arte germânica Magdalenenberg fibeln.jpg
* Arte germânica
Arte egeia MaskeAgamemnon.JPG
* Arte cicládica * Arte minóica (Pintura) * Arte micénica (Pintura)
Arte fenícia Head man Carthage Louvre AO3783.jpg
* Arte fenícia
Arte da Antiguidade Clássica Etruskischer Meister 001.jpg
* Arte etrusca (Pintura) * Arte grega (Arquitectura | Escultura | Pintura) * Arte helenística (Pintura) * Arte romana (Arquitectura | Escultura | Pintura)
Arte do cristianismo Meister von San Vitale in Ravenna 002.jpg
* Arte paleocristã * Arte copta
Arte da Idade Média Mekhnes Place El-Hedine Mosaique3.jpg
* Arte islâmica (Arte mourisca) * Arte bizantina
Arte pré-românica Karolingischer Buchmaler um 820 001.jpg
* Arte dos povos germânicos * Arte visigótica * Arte hibérnico-saxónica * Arte anglo-saxónica
* Arte merovíngia * Arte carolíngia * Arte otoniana
Cologne Cathedral.jpg
* arte românica (Arquitectura | Escultura | Pintura) * Arte gótica (Arquitectura | Escultura | Pintura) * Arte manuelina
Arte do Renascimento à modernidade Lady with an Ermine.jpg
* Renascimento (Arquitectura | Escultura | Pintura) * Maneirismo
Bartolomé Esteban Perez Murillo 013.jpg
* Barroco (Música) * Rococó
IngresJupiterAndThetis.jpg
* Neoclassicismo * Academicismo * Romantismo * Pré-rafaelitas e Nazarenos
Arte moderna
* Naturalismo * Realismo
* Impressionismo * Pós-impressionismo * Pontilhismo e Divisionismo
* Simbolismo * Decadentismo * Art nouveau * Arts & crafts
* Expressionismo * Fovismo * Die Brücke * Der Blaue Reiter
* Cubismo * Abstraccionismo * Construtivismo russo * De Stijl
* Bauhaus * Suprematismo * Realismo socialista
* Futurismo * Dadaísmo * Surrealismo
Arte contemporânea
* Pós-modernidade * Pop art * Op art
* New Data * Minimalismo * Neoconcretismo
* Arte conceptual * Happening * Performance
* Instalações * Land art * Realismo socialista
| |
| | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 4:36 pm | |
| -Boa sorte a todos com as notas -ela sai | |
| | | Fenrir Senpai Fenrir
Mensagens : 13514 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 28 Localização : Reino Ametista
Ficha do personagem Nome: Nome do grupo: Poder:
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 4:44 pm | |
| Ela e Ven saiem | |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 8:04 pm | |
| Eles saiem | |
| | | Fenrir Senpai Fenrir
Mensagens : 13514 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 28 Localização : Reino Ametista
Ficha do personagem Nome: Nome do grupo: Poder:
| | | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Dom Set 05, 2010 8:13 pm | |
| Ela e Kaharu saiem | |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Seg Set 06, 2010 9:08 pm | |
| | |
| | | Vepa Directora Vepa
Mensagens : 19307 Data de inscrição : 18/04/2009 Idade : 31 Localização : Porto, gaia, Valadares, francelos...
Ficha do personagem Nome: Directora Vepa Nome do grupo: Oficial Guardiã da Luz Poder: Terra
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Ter Set 07, 2010 2:14 am | |
| -Sou a melhor das melhores! | |
| | | Tomoyo Sensei Tomoyo
Mensagens : 18857 Data de inscrição : 26/04/2009 Idade : 26 Localização : Reino Rubi
Ficha do personagem Nome: Tomoyo Sensei Nome do grupo: Poder: Ar
| Assunto: Re: Sala B - Computadores Ter Set 07, 2010 2:16 am | |
| - Boa tudo 20 - ela manda a mensagem a dizer a sua nota ao Hunter e a perguntar a dele e sai | |
| | | Conteúdo patrocinado
| Assunto: Re: Sala B - Computadores | |
| |
| | | | Sala B - Computadores | |
|
Tópicos semelhantes | |
|
| Permissões neste sub-fórum | Não podes responder a tópicos
| |
| |
| abril 2024 | Seg | Ter | Qua | Qui | Sex | Sáb | Dom |
---|
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 | 20 | 21 | 22 | 23 | 24 | 25 | 26 | 27 | 28 | 29 | 30 | | | | | | Calendário |
|
Quem está conectado? | Há 6 usuários online :: 0 registrados, 0 invisíveis e 6 visitantes Nenhum O recorde de usuários online foi de 257 em Seg Abr 12, 2021 6:37 pm |
|